“A Nossa Cruz de Cada Dia”

Exposição de crucifixos no Rio reúne mais de 150 peças

A exposição “A Nossa Cruz de Cada Dia” apresenta a coleção de crucifixos com mais de 150 peças; uma delas do século 12

Arquidiocese do Rio de Janeiro

A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e o Centro Loyola de Fé e Cultura / PUC-Rio promovem a exposição “A Nossa Cruz de Cada Dia” na Catedral Metropolitana de São Sebastião, até o dia 25 de março, diariamente, das 7h às 17h.

A mostra, marcada para o período da Quaresma como um convite à oração e reflexão sobre o sacrifício de Jesus, reúne mais de 150 peças da coleção particular do padre jesuíta José Maria Fernandes, que inclui desde o fragmento de uma cruz em pedra, do século 12, vinda de Jerusalém, até um crucifixo encontrado em uma urna, dentro de uma parede, durante obras no Pateo do Collegio, em São Paulo. Acredita-se que a peça, do século 16, possa ter sido manuseada pelo padre Anchieta, canonizado em abril do ano passado.

Dividida em 18 módulos, a mostra convida os visitantes a conhecerem crucifixos confeccionados por artistas e artesãos de diferentes partes do Brasil e do mundo. Muitas peças expostas foram produzidas no Brasil e apresentam traços regionais, como as fitas coloridas de uma cruz trazida de Pernambuco, a cerâmica de Minas Gerais e as sementes da Amazônia. Dos países, há peças de origami do Japão, de prata peruanas e até metais mais preciosos de países da Europa. Outros destaques são as cruzes de diferentes tipos, como a cruz ortodoxa grega, a cruz etíope e a cruz copta, e ainda peças de uma via-sacra do século 18.

Segundo padre Fernandes, um colecionador de crucifixos há anos, são objetos que solicitam ser colecionados sem que se perceba: “Ninguém planeja fazer uma coleção, ela simplesmente nasce. Um dia a pessoa nota que já tem muitas peças. Foi assim com as cruzes. Algumas foram compradas, outras foram presentes, trocas, doações”, comentou.

Adotada pelo cristianismo alguns séculos após o evento pascal, a cruz era até então considerada um símbolo maldito. Como instrumento de tortura e condenação, era usada por muitas culturas, entre elas o Império Romano que, bem antes de Cristo, já castigava rebeldes com a crucificação.  Desde o Norte da Europa até a parte central da África, em alguns países do Oriente e em ilhas do Pacífico encontram-se indícios de crucificações antes do cristianismo. Hoje, são vários os tipos de cruzes espalhadas pelas culturas, entre elas podemos citar: Cruz de Malta, Cruz Galega, Cruz Gamada, Cruz Grega, Tau, Cruz de Jerusalém, Cruz dos Cruzados, Cruz Etíope, Cruz Ortodoxa e Cruz Missionária.

A entrada é franca. A Catedral Metropolitana de São Sebastião fica na Avenida Chile, 245, no Centro. Informações pelo telefone: (21) 2240-2669.

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