Especialista ressalta que hormônios e vitaminas só devem ser prescritos em caso de deficiência comprovada
Ana Lúcia Vilela*
Existe realmente medicina antienvelhecimento?
O ser humano sempre quis ser imortal ou, pelo menos, viver mais. Desde os tempos antigos existem histórias como o rio da imortalidade nos jardins do Eden, Shangrilá e fonte da juventude. Até os súditos do rei Davi tentaram fazê-lo viver mais.
Nos tempos modernos temos um dilema: Queremos viver cada vez mais, mas não queremos ficar velhos. Então, as terapias antienvelhecimento ganharam força. Ao contrário do que se vê nas propagandas ainda não há evidências científicas de drogas que comprovadamente prolonguem a vida em humanos.
Há várias linhas de estudo com drogas que foram eficazes em animais, como camundongos.
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Alguns desses medicamentos já estão sendo vendidos em outros países. Porém, tem se pregado muito o uso de hormônio bioidêntico para este fim, assim como vitaminas, antioxidantes e outras substâncias como a procaína (um anestésico).
O CFM (Conselho Federal de Medicina) já se posicionou quanto a este assunto, através de uma resolução em 2012. Nela consta que hormônios ou vitaminas só deverão ser prescritos para reposição de alguma deficiência comprovada clinico e laboratorialmente. E, a procaína e o hormônio do crescimento (GH) não devem ser receitados para este fim. Estas substâncias, assim como os hormônios e vitaminas não devem ser utilizadas com o intuito de prevenir, retardar ou até mesmo reverter o processo do envelhecimento.
Ainda teremos que caminhar muito nesta área de conhecimento, mas medicamentos promissores estão sendo estudados.
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*Ana Lúcia Vilela é Medica graduada pela UFRJ, Especialista em Clinica Medica pela UERJ e Especialista em Geriatria pela SBGG/ AMB. Atua como Geriatra do INTO. Preceptora em psicogeriatria no CPRJ.
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