Ser um bom pagador e estabelecer limites de gastos são medidas que auxiliam no gerenciamento das próprias finanças
Da redação, com Agência Brasil
Não são poucas as pessoas que possuem dificuldades em gerir as finanças pessoais. É bastante comum encontrar indivíduos endividados com débitos contraídos no cartão de crédito, no cheque especial, em diversos crediários e detentores de empréstimos com juros absurdos entre outros endividamentos.
Os que se tornam devedores encontram diversos complicadores e até podem deixar de obter uma boa oportunidade de trabalho caso tenham seus nomes registrados nos órgãos que os cadastram. Alguns inclusive acabam sendo processados judicialmente, e, cabe lembrar, que comumente os processos são públicos. Após a digitalização processual com uma simples busca do nome da pessoa é possível encontrar informações processuais na Internet. Em suma muitas portas podem ser fechadas para aqueles que não administram bem as finanças.
Existem pessoas que desfilam com carros chamativos, roupas de grife para manter uma pose que não passa de uma ilusão. Muitas vezes possuem incontáveis dívidas e financiamentos, correndo o risco de perder tudo do dia para a noite. Em uma de suas palestras o Professor Gretz citou: Tem gente que compra o que não precisa com o dinheiro que não tem para mostrar a quem não gosta.
Em contrapartida existem aqueles que detêm bens e uma vida aparentemente mais simples com a maior parte de suas aquisições quitadas. Em outras palavras são indivíduos mais conscientes, consistentes e efetivos na administração de suas finanças. Mas qual será o motivo de muitos se endividarem? Para procurar exibir um status aos que prestigiam o mundo materialista.
Uma dica geralmente concedida em palestras sobre controle financeiro é: jamais gaste mais do aquilo que ganha. Aqueles que não seguem este conselho por vezes acabam adoecendo consumidos pela preocupação, com constantes cobradores batendo-lhes à porta ou atormentando-os por não quitar o que devem.
Como este ciclo nocivo pode ser quebrado? Com certeza exigirá muita disciplina do devedor, ou seja, terá de aprender a duras penas a controlar as finanças caso queira sair deste maléfico ciclo do endividamento. Cabe frisar que contrair uma dívida para adquirir algo promissor não é algo ruim. Entretanto, algumas pessoas contraem dívidas para adquirir bens que não trarão benefícios ou até atrairão mais despesas para suas vidas.
Quando alguém pensar em comprar algo deve primeiramente se questionar: a aquisição tem real necessidade? É um investimento que trará retorno ou é algo que somente aumentará as despesas? É possível capitalizar com a aquisição? Tenho condições financeiras para pagar? O custo a ser adquirido é uma prioridade na ocasião?
Como agem os bons pagadores
Indivíduos que são bons pagadores tornam-se desejáveis para o mercado em geral. Procuram pagar à vista sempre que podem os bens e serviços adquiridos. Quando parcelam alguma aquisição estabelecem limites de gastos dentro do orçamento. Outro fator é que reservam parte dos recursos que ganham para poupar ou investir em algo que gostam. Geralmente acumulam reservas em alguma aplicação financeira e procuram ampliá-las de modo a ter um montante para diversificar os investimentos.
Aplicar em investimentos distintos é importante para a segurança do investidor, pois se alguma aplicação não estiver boa, o dinheiro poderá estar rendendo em outros fundos de rendas. Existem investidores conservadores, moderados e arrojados. Estes podem investir em Caderneta de Poupança, Certificado de Depósito Bancário (CDB), Certificado de Depósito Interbancário (CDI), Previdência Privada, Tesouro Direto, Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Ações da Bolsa de Valores entre vários outros tipos de aplicações. O que diferencia é o nível de risco.
Cabe ressaltar que existem investidores que optam em ter parte de suas aplicações em fundos conservadores, moderados e arrojados. Alguns inclusive preferem dividir o montante a ser aplicado da seguinte forma: 50% em investimentos conservadores (baixo risco), 25% em investimentos moderados (médio risco) e 25% em investimentos arrojados (alto risco).
Algumas características são comuns no perfil das pessoas que fazem uma boa gestão das finanças: são empreendedoras, possuem crédito no mercado, buscam rendas alternativas para capitalizar, acompanham notícias de economia nacionais e internacionais, controlam o orçamento e as finanças, costumam anotar os gastos e determinam a forma que pretendem pagá-los, estabelecem prioridades e distinguem o essencial do supérfluo, limitam seus gastos por categoria de despesas, possuem uma reserva financeira para a ocorrência de imprevistos, planejam compras com antecedência entre outras ações.
É importante administrar as finanças em tempos de crise ou em tempos de crescimento econômico. Caso queira desenvolver uma boa gestão de finanças é importante pegar dicas com as pessoas que conseguem administrar bem os recursos financeiros, consultores do ramo, cursar e ler livros sobre o assunto entre outras iniciativas. Mas tem de praticar o que se aprende, caso contrário nenhuma dica funcionará.