Compromisso com corte de gastos de custeio da máquina pública, redução da dívida pública e obediência às metas de inflação foram o tom das primeiras declarações das principais figuras econômicas do governo de Dilma Rousseff confirmadas nesta quarta-feira.
Era tudo o que o mercado gostaria de ouvir.
"O crescimento só será sustentado se não gerar dívida pública nem inflação", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a jornalistas, após a confirmação oficial de que será mantido no cargo pela presidente eleita, ao lado da futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do próximo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Foi uma clara resposta aos receios que tomaram os mercados nas últimas semanas, em meio à especulação de nomes que ocupariam os cargos e a uma eventual guinada nas principais diretrizes econômicas do atual governo.
De acordo com Mantega, o compromisso do governo Dilma é o de superar a taxa média de crescimento dos últimos anos, com geração de emprego e erradicação da miséria.
"Porém, o crescimento só será sustentado se for sem desequilíbrios macroeconômicos… não aumente o endividamento do Estado", afirmou o ministro.
E os esforços nessa direção devem começar já no ano que vem, prometeu, com cortes nos gastos de custeio. A meta é reduzir a relação dívida/PIB dos atuais 41 para 30 por cento até 2014. Com isso, o governo espera uma queda do juro básico e o aumento da poupança pública para elevar os investimentos.
O discurso foi endossado por, Miriam Belchior, que frisou a necessidade de ampliar a participação dos investimentos nos gastos totais do governo.
"Nós certamente vamos canalizar a maior parte dos recursos disponíveis para as prioridades já apontadas pela presidente", afirmou.
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