Além de se preparar para escolher o candidato, o cristão deve fiscalizar e acompanhar o candidato eleito
Luciane Marins e Kelen Galvan
Há pouco mais de um mês para as eleições de outubro, o Canção Nova em Foco destaca a responsabilidade do cristão no processo eleitoral.
Na mensagem lançada em maio pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a respeito das próximas eleições, os bispos apontam que os meses que antecedem as eleições constituem um momento privilegiado para refletir sobre situações injustas que acontecem no País.
Padre Wesley Macedo, coordenador do setor comunicação da Arquidiocese de Brasília, explica que a Igreja não tem opção político-partidária e nem orienta em que candidato o fiel deve votar, mas sim, indica os critérios que devem ser observados para a escolha de um candidato.
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“A Igreja se preocupa com o bem comum, a busca da verdade, da solidariedade, essa participação na vida pública, mas não faz nenhuma opção direta por nenhuma ideologia”, reforça.
Olhar para a vida do candidato, observar o que ele fez e o que deixou de fazer, se tem ficha limpa, analisar se ele defende o bem comum, a vida, a família e avaliar suas propostas de governo, são alguns dos critérios que devem ser observados, segundo padre Wesley.
Em unidade com a CNBB, a Arquidiocese de Brasília, também lançou orientações pastorais para essa eleição. Diante da reflexão apresentada pela Arquidiocese, padre Wesley destaca justamente os critérios para a atuação política.
“Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília, de modo muito claro colocou cinco pontos interessantes para a gente se orientar,” afirma o padre.
São eles:
1º- Comportamento ético do candidato;
2º- Voto não é mercadoria, não pode ser trocado, vendido ou comprado;
3º- O bem comum, que deve estar acima dos interesses particulares ou de grupos partidários;
4º- Os candidatos e suas propostas devem defender e promover a vida;
5º- Além do respeito ao eleitor, é necessário o respeito mútuo entre os candidatos.
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