Cerca de mil indígenas, ribeirinhos, integrantes de movimentos sociais, organizações ambientais nacionais e internacionais se reúnem na próxima semana, entre 19 e 23 de maio, em Altamira (PA), no encontro "Xingu vivo para sempre", para discutir os projetos de aproveitamento energético das Bacias do Rio Xingu (MT e PA).
A hidrelétrica de Belo Monte, obra prioritária do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, será foco da mobilização. Serão avaliadas também as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), previstas para as cabeceiras do Xingu e Mato Grosso.
O projeto de implantação da hidrelétrica de Belo Monte vem provocando uma discussão judicial há sete anos e gera insatisfação dos povos indígenas da região. Em 16 de abril, pela quarta vez, o projeto foi paralisado mediante os Estudos de Impacto Ambiental (EIAs), por meio de uma liminar do juiz federal de Altamira (PA), Antônio Carlos Campelo.
De acordo com os organizadores, o objetivo do evento é criar um movimento unificado na bacia do Xingu para discutir as grandes ameaças à região: envenenamento dos rios, desmatamento, grandes projetos econômicos, deslocamento das populações e tradições indígenas, seu potencial sustentável, bem como a preservação das florestas e da diversidade cultural dos povos da bacia e as alternativas econômicas ambientais viáveis.
