Saber como investir o crédito emergencial recebido é vital para as organizações
André Prado*
Diversas empresas necessitam de crédito para garantir a sobrevivência. Até mesmo organizações promissoras, detentoras de marcas valiosas, buscam crédito em determinados períodos, seja no início ou no decorrer de suas atividades. Com o advento da pandemia uma nova linha de crédito emergencial foi criada para socorrer principalmente as pequenas empresas, responsáveis por empregar um número considerável de funcionários e contribuir para o crescimento da economia do país.
Reclamações têm sido realizadas por parte de micro e pequenos empresários no que se refere à obtenção de crédito. Alguns alegam que o montante disponível é escasso levando-se em consideração o cenário atual. Todavia, sabe-se da existência de crédito oferecido por determinadas instituições financeiras tanto às pessoas físicas como jurídicas. Entretanto, nem todos conseguem ter acesso aos valores oferecidos devido à análise de risco e à elevada possibilidade de inadimplência.
Por vezes, é possível ouvir pessoas que reclamam de empréstimos oferecidos por telemarketing. Para quem atende as ligações é ideal que sempre trate bem os profissionais, pois além de estarem cumprindo suas obrigações sob pressão por metas a serem atingidas, trata-se de um setor que gera uma boa quantidade de empregos. Com o surgimento do cadastro positivo aumentaram as ligações de telemarketing ofertando crédito aos bons pagadores, afinal, instituições financeiras geralmente oferecem crédito somente para quem tem a possibilidade de quitação dos valores.
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No entanto, quando uma ou mais instituições são procuradas por alguém em busca de crédito, seja para suprir necessidades pessoais ou de um negócio, caso as garantias oferecidas não sejam satisfatórias ou o endividamento seja significativo, provavelmente não terá o crédito aprovado.
Cabe ressaltar que as garantias podem ser bens, patrimônio, fiadores e avalistas entre outros. Mas quem apresenta um severo grau de endividamento dificilmente conseguirá apresentar caução para assegurar compromissos financeiros.
É importante frisar que as instituições que fomentam o crédito possuem sistemas interligados com tecnologias eficazes para realizar análises concretas para recomendar ou não o crédito.
Para alguns, além da dificuldade de obter crédito, ainda existe a falta de discernimento em como usar bem o valor caso obtido. Algumas fontes atribuem a Will Rogers o seguinte pensamento: “Muitas pessoas gastam dinheiro que não tem, para comprar coisas que não precisam, para impressionar pessoas que não gostam”.
A superação de crises
Após a obtenção do crédito é importantíssimo saber como investi-lo ao invés de apenas aumentar o endividamento. O crédito deve ser utilizado principalmente em gerar valor.
Uma empresa pode, por exemplo, utilizar o crédito para criação de um novo produto ou serviço que permita a capitalização. Outra opção pode ser a expansão das atividades para algum território promissor. Algumas corporações em tempos de economia instável conseguem negociar com fornecedores com a minimização de custos e maximização dos prazos para pagamento, realizar promoções que antecipem pagamentos com clientes quando possível em alguns tipos de negócios e salvaguardar a empresa com o aporte de capital de terceiros.
O bom empreendedor é aquele que monta e desmonta operações de acordo com o panorama. Quando um negócio não é mais viável, outro pode ser criado para substituí-lo. Não se deve se apegar ao que não traz mais retorno e nem esperar que a empresa perca sua total capacidade de honrar seus compromissos para depois tomar decisões.
A gestão, visão e ações podem fazer bastante diferença nos momentos de crise, principalmente quando atitudes inteligentes são tomadas por aqueles que estão envolvidos com o bem maior da organização.
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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D´Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br