PEREGRINAÇÃO

Em São Paulo, fiéis acolhem a cruz da primeira missa no Brasil

A cruz que esteve presente na primeira Missa celebrada no Brasil está em peregrinação pelo país. Exposta no Museu do Tesouro em Portugal, o símbolo cristão histórico deve passar por cidades brasileiras até o fim de abril.

Reportagem de Aline Imercio e Antônio Matos

Depois de 525 anos, a Cruz que fez parte da primeira missa no Brasil está de volta. O objeto sacro peregrinou por algumas cidades portuguesas até chegar ao país. Na recepção em São Paulo, fiéis participaram de missa na Catedral da Sé, presidida pelo Cardeal Odilo Scherer. “Olhando para a cruz do descobrimento, cruz da primeira missa no Brasil, recordando aquele momento inicial da nossa história, aquilo que alguns disseram como o batismo do Brasil”, disse o arcebispo metropolitano de São Paulo.

Amanhã, a peregrinação segue para a região do Vale do Paraíba, onde visitará, entre outros locais, a Canção Nova. Ao todo serão vinte cidades brasileiras que vão receber a cruz. “É um momento também da visitação da graça redentora de Cristo no Brasil, o Brasil precisa tanto, nosso povo precisa muito. O padre Omar, reitor do Santuário Cristo Redentor, gentilmente quis que essa cruz também passasse na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista, é também um sinal da graça de Deus”, declarou o presidente da Comunidade Canção Nova, padre Wagner Ferreira.

A iniciativa é do movimento Brasil com Fé e do Santuário Cristo Redentor. No dia da comemoração dos 525 anos, em 26 de abril, o objeto histórico estará no local da primeira missa, em Santa Cruz Cabrália, na Bahia. “Vamos rodar diversas cidades do nosso Brasil, até o dia 26 chegaremos ali em Cabrália, lá na coroa vermelha, para participar da Santa Missa, junto com o cardeal Dom Sérgio da Rocha, cardeal primaz do Brasil. Queremos garantir mais e mais resiliência, a força, a fé e a solidariedade, como valores universais da nossa Igreja”, falou o reitor do Santuário Cristo Redentor e responsável pela peregrinação, padre Omar Raposo.

Wilza Naves da Silva é da etnia Pataxó e foi escolhida para acompanhar a peregrinação da primeira cruz, que serviu para a evangelização de seu povo: “Foi com meu povo lá em Santa Cruz de Cabrália, o povo Pataxó, que foi celebrada a primeira missa no Brasil, para a gente é um momento de fé, de reencontro, porque esse encontro com o cristianismo marcou profundamente a nossa cultura”, finalizou.

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