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Em Brumadinho, padres se desdobram para dar apoio espiritual às vítimas

A pedido do arcebispo metropolitano, os padres estão empenhados diariamente para apoiar famílias em luto ou em buscas de notícias

Da redação

Uma cidade em lágrimas. É grande o sofrimento de tantas famílias que buscam seus entes queridos perdidos no mar de lama dos rejeitos da barragem do Feijão, que se rompeu na última sexta-feira, 25, em Brumadinho.

A falta de respostas, a esperança de ainda encontrar os familiares vivos, a tristeza de ter perdido tudo… os sentimentos são muitos, e os padres da diocese se empenham para se fazer presente junto a estas famílias e dar todo apoio espiritual de que elas necessitam.

“Um momento que jamais gostaríamos de estar vivenciando: este momento de dor e desolação da população. Mas a Igreja precisa ser presença de Jesus na vida dos outros”, afirmou o padre Moisés de Jesus Lopes, da paróquia Sagrado Coração de Jesus.

Veja os detalhes completos na reportagem de Cristiane Henrique:

Padre Moisés explicou que o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Azevedo, pediu aos padres da igreja local que sejam solidários ao pároco da Igreja Matriz São Sebastião, padre Renê Lopes, que em todos os momentos está presente junto às vítimas.

“A nossa arquidiocese têm este papel de vir também ser solidária numa escuta, num abraço, numa palavra. Por mais que seja um momento muito difícil, mas a Igreja precisar ser esse sinal de misericórdia”, enfatizou.

Padre André Erick Ferreira, da paróquia São João Batista, afirma que se sente como Simão Cirineu, que ajudou, numa pequena parte do caminho, Jesus a carregar a cruz. “É isso que vim fazer, ajudar numa pequena parte do caminho, mas quem tem levado realmente a cruz são essas pessoas, marcadas por esta tragédia”.

Ele destaca que esta é uma situação muito delicada, porque não tendo a possibilidade de enterrar os seus entes queridos, parece que este luto é ainda mais prolongado. “Nós cremos na ressurreição, mas do ponto de vista humano a gente sente sim a partida [a morte]. É importante a presença da Igreja, de homens e mulheres de fé, não apenas dos sacerdotes, para dar suporte para ajudar estas famílias, que às vezes nem mesmo conseguem rezar. Neste momento ser de fato uma comunidade de fé”.

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