NOVO COMANDO

Edson Fachin assume presidência do Supremo Tribunal Federal

O Supremo Tribunal Federal está sob novo comando. O ministro Edson Fachin tomou posse como presidente da corte e terá como vice Alexandre de Moraes. Ambos ocuparão os cargos pelos próximos dois anos.

Reportagem de Francisco Coelho e Ersomar Ribeiro

Luiz Edson Fachin é gaúcho, mas cresceu no Paraná, onde se formou em direito. Antes de ser indicado por Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal, atuou como procurador do estado do Paraná.

Na Suprema Corte foi relator da Lava-Jato e do pedido de manutenção da prisão de Lula. Também foi dele a decisão de anular a condenação, o que permitiu a recuperação dos direitos políticos do presidente. “O ministro Fachin, ele tem uma história, né, uma história de luta por direitos humanos. Ele como professor, professor na faculdade lá do Paraná, a especialidade dele é direito civil, então sabe, tem doutorado na Unicamp São Paulo, é uma pessoa que sempre atuou nesta área efetivamente e linha dura na questão penal”, relatou o professor de direito, Elias Miler da Silva. 

Com o perfil conciliador Edson Fachin vai enfrentar decisões difíceis no Supremo Tribunal Federal, além de lidar com a conclusão dos processos da suposta tentativa de golpe de estado e a distribuição de emendas parlamentares vai comandar a mais alta corte do país nas eleições de 2026 ao lado de Alexandre de Moraes. 

“Fachin deve ter uma gestão marcada pelo equilíbrio, pelo maior diálogo entre os poderes e sobretudo pela autocontenção da Suprema Corte”, apontou o cientista político Murilo Medeiros. 

Alexandre de Moraes nasceu em São Paulo, formado na USP, foi promotor de justiça, secretário de segurança pública e ministro da justiça. Indicado pelo ex-presidente Michel Temer, se tornou um dos mais conhecidos ministros do STF. Responsável pelo pedido de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes e a esposa foram sancionados pelo governo dos Estados Unidos e não podem entrar no país. “Então vai dar um equilíbrio bom nesse aspecto. Um discreto, fala pouco e muito sério, e o outro que extrapolou para mais dos limites do próprio poder Judiciário”, analisou Elias.

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