Segunda semana de Assembleia da CNBB começou com a Santa Missa, presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro em memória dos bispos falecidos nesse último ano
Jéssica Marçal
Da Redação
Cardeal Orani Tempesta durante celebração eucarística com os bispos do Brasil nesta manhã / Foto: Reprodução TV Canção Nova
Nesta segunda-feira, 20, a Missa da 53ª Assembleia Geral da CNBB recordou os bispos falecidos desde a última edição da reunião anual. O presidente da celebração foi o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), Cardeal Orani João Tempesta.
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Na homilia, Dom Orani rezou por todos os bispos falecidos neste último ano. “Suas vidas doadas pela causa do Reino é para nós um exemplo que permanece”, disse, acrescentando que esses irmãos foram a presença de Cristo Pastor em meio às dificuldades que enfrentaram em seu pastoreio.
Da Liturgia do dia, o cardeal enfatizou a figura de Estêvão, que realizando prodígios e sinais entre o povo deu testemunho de Cristo até o martírio. Dom Orani explicou que o entusiasmo de Estêvão era proveniente do encontro com Deus e da compreensão do seu Reino. O martírio de Estêvão produziu frutos, destacou o cardeal.
“A aparente perda, fruto da intolerância de uma sociedade, converte-se em ganho para que o Evangelho alcance o mundo inteiro. Como não recordar hoje os atuais mártires cristãos”.
Ao trabalhar na obra de Deus, Dom Orani disse que se recorda tantos bispos que assim viveram e por Cristo deram suas vidas. “Hoje os questionamentos são inúmeros quando somos chamados a viver a fé e por causa dela fazemos o bem, partilhamos o pão e damos a vida no dia a dia”.
E nesses tempos de tantos questionamentos, a figura de Estêvão, segundo Dom Orani, e a palavra de Jesus ao final do Evangelho de hoje questionam o homem sobre o tipo de testemunho que ele é chamado a dar nessa mudança de época.
“O Papa Francisco, um sinal que Deus colocou à nossa frente nestes tempos, recorda-nos sempre do testemunho a dar da alegria, da misericórdia nesses tempos de tantas desilusões e cansaços. A coragem de ver a realidade com suas implicações e problemas não deve nos causar desespero e sim a coragem de Estêvão, que com o rosto de um anjo anunciava os novos tempos porque acreditou Naquele que o Pai enviou e dessa forma fazia as obras de Deus”.
O cardeal concluiu convidando os fiéis a abrirem os olhos para verem os sinais que Deus deixa na história de hoje. Ele também pediu a Deus o Espírito Santo, para que os fiéis tenham o dom de ser testemunha da ressurreição.
Durante a homilia, Dom Orani informou que, no sábado, 18, foram aprovadas as diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil para os próximos quatro anos. Ele também lembrou que, nesta semana, será eleita a nova presidência da CNBB e das Comissões Episcopais Pastorais da entidade.
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