“Somos chamados a anunciar a mensagem de alegria, de esperança e de salvação do Natal: o Deus conosco!”, disse o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, ao presidir na noite de terça-feira, 24, a tradicional Missa do Galo, na Catedral de São Sebastião.
“Essa alegria, esperança e salvação tem nome, é o Cristo Senhor, o Verbo eterno de Deus, o Salvador, o filho de Maria, que nasceu em Belém, da descendência de Davi. Ele é o Emanuel, o Deus conosco! Nós tivemos a possibilidade de vê-Lo, de escutá-Lo, de falar com Ele”, disse o arcebispo, ao abrir solenemente o Tempo do Natal.
Dom Orani concelebrou com o bispo auxiliar Dom Pedro Cunha Cruz, e o cura da Catedral, monsenhor Aroldo Ribeiro. Também com os reitores dos três seminários da arquidiocese: padre Leandro Câmara, do Seminário Maior, padre Leandro Lênin, do Seminário Propedêutico, e padre Marcos André Nascimento Silva, do Seminário Missionário Redemptoris Mater.
“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz”, disse o arcebispo em sua homilia, lembrando a promessa de libertação e da presença de Deus no meio da humanidade, prefigurada no Antigo Testamento, e concretizada com o Natal do Senhor: ‘um menino nos nasceu, um filho nos foi dado’.
O nascimento de Jesus, enfatizou o arcebispo, é um acontecimento que marca a história: o Deus conosco veio morar ‘entre nós’ para ser ‘um de nós’. Lembrou ainda que o mistério da encarnação está intimamente ligado ao da redenção realizada na Páscoa: “Jesus Cristo, o rosto invisível de Deus, nascido de Maria, morreu e ressuscitou e, agora, vivo está no meio de nós”.
Uma redenção, recordando a segunda leitura, que se manifesta, pela graça de Deus, como fonte de salvação para todos os homens. ‘Um convite para renunciar às paixões mundanas e a viver neste mundo com toda sobriedade, justiça e piedade’.
O Natal, com todos os seus simbolismos, continuou o arcebispo, é um acontecimento que contagia até quem não crê em Cristo. Um tempo que leva as pessoas a olhar para o outro com generosidade, a partilhar, a fazer o bem. “Um desejo que está no íntimo do coração de cada homem que anseia por novos tempos de paz, de fraternidade, de justiça”, disse.
Mais que uma manifestação de um ‘tempo feliz’, lembrou o arcebispo, o Natal para os cristãos é um grande dom. Neste contexto, pediu aos fiéis para dar graças por todas as maravilhas que Deus proporcionou na vida de cada um, ao longo do abençoado ano de 2013. Em especial, pela eleição do Papa Francisco, e pelo êxito da Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro.
Não é utopia, recordou o arcebispo, o conteúdo anunciado pelos anjos aos pastores: ‘Não tenham medo! Eu vos anuncio uma grande alegria. Nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor’. “Sejamos mensageiros da alegria”. Mais que uma experiência de vida, é um “conteúdo que deve ser anunciado por quem tem um coração preenchido pela graça de Deus, pela evangelização direta ou pelo testemunho de cada dia”, exortou.
Lembrando o apelo do Papa Francisco que prefere uma Igreja que se machuque saindo às ruas, do que ficar doente dentro de casa, o arcebispo pediu aos fiéis para que olhassem com carinho pelas necessidades da ‘nossa cidade’, repleta de desafios pastorais e sociais.
“Sejamos como os anjos, anunciadores de boas noticias, principalmente aos mais marginalizados pela sociedade. O conteúdo de nossa mensagem de alegria e de esperança pode transformar vidas. Quantas pessoas, hoje machucadas nas periferias da vida, esperam uma boa notícia de salvação, de encontrar a razão de suas histórias”, concluiu o arcebispo.
No final, a estátua do Menino Jesus foi conduzida e colocada no presépio montado no interior da Catedral. Na companhia de crianças, Dom Orani rezou e incensou o presépio, encerrando a Missa do Galo de 2013, na vigília de Natal, em unidade com mais de 300 celebrações realizadas simultaneamente por toda a arquidiocese.
