Cerca de 140 jovens, migrantes, indígenas, ribeirinhos e trabalhadores rurais e urbanos se reuniram para pensar evangelização na Amazônia
Da redação, com Vatican News
“Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral” foi o tema da Assembleia do Sínodo Especial da Diocese de Roraima, que se realizou este final de semana na Diaconia São Bento. Cerca de 140 jovens, migrantes, indígenas, ribeirinhos e trabalhadores rurais e urbanos se reuniram para pensar e discutir a evangelização na Amazônia.
A assembleia diocesana teve o objetivo de preparar as comunidades para o grande Sínodo dos Bispos, marcado para outubro de 2019. Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima, manifestou o desejo que a assembleia repercuta, de fato, os clamores que saem das bases, na construção de uma Igreja com rosto amazônico e na defesa e promoção da vida.
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Segundo Dom Mário Antônio ao final, será feito um relatório com as contribuições de Roraima para ser apresentado ano que vem durante o Sínodo 2019. A assessora do Sínodo para a Amazônia, Márcia de Oliveira, destacou a expressiva participação dos povos indígenas. Além dos indígenas, o irmão Marista Danilo Bezerra ressaltou a presença de trabalhadores rurais e migrantes, já que Roraima é a principal porta de entrada dos imigrantes venezuelanos no Brasil.
O texto-base do Documento Preparatório do Sínodo, que oferece uma análise da conjuntura atual da Amazônia e aponta percursos e novos caminhos para a Igreja a serviço da vida nesse bioma, foi norteador para as reflexões nos dois dias de Assembleia, que contou com a assessoria do padre Dário Bossi, assessor nacional da Repam (Rede Eclesial da Pan-Amazônia). “A Igreja precisa tomar uma posição em defesa das comunidades e dos territórios, para o futuro das novas gerações”, comentou o assessor.
Já o membro da coordenação regional do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Norte 1, Luis Ventura, ressaltou a oportunidade que o Sínodo oferece para revitalizar a relação da Igreja com os povos indígenas. “Esta caminhada significa reconhecer o protagonismo dos povos indígenas, para que eles continuem tecendo os fios da sua própria história”, afirmou o membro do CIMI.