Em homilia, Dom João Inácio Müller explicou como foi instituída essa data que concede indulgência plenária aos fiéis católicos
Jéssica Marçal
Da Redação
Nesta quarta-feira, 2, a Igreja católica celebra o Dia do Perdão de Assis, que é um dia instituído a partir de São Francisco de Assis em que se concede indulgência plenária dos pecados aos fiéis católicos. A data foi recordada hoje pelo bispo da diocese de Lorena (SP), Dom João Inácio Müller, ofm, que presidiu a Santa Missa no Santuário do Pai das Misericórdias, em Cachoeira Paulista (SP), na sede da Comunidade Canção Nova.
A partir do Evangelho do dia, em que Jesus fala do Reino dos Céus como um tesouro escondido que traz grande alegria para quem o encontra, Dom João destacou o exemplo de São Francisco de Assis. Homem corajoso e decidido, o santo teve uma mudança de vida depois que entendeu em profundidade a Palavra de Deus. “Quando a gente encontra Deus é como encontrar um tesouro, a gente aposta tudo. Quanta coisa a gente mudou na nossa vida por causa da nossa fé e a fé nos faz apostar tudo”, disse o bispo.
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E ao falar do exemplo de São Francisco, Dom João recordou que foi a partir dele que se instituiu o dia do Perdão de Assis. Em uma época em que as pessoas tinham muito medo de ir para o inferno, o santo teve uma visão de Cristo e Maria rodeados por anjos, enquanto rezava na igreja da Porciúncula, perto de Assis. “Ele sentia dentro de si uma voz muito forte, percebia como nunca que de fato o desejo de Deus é que todos fossem salvos. São Francisco não conseguia imaginar que alguém não fosse salvo”, ressaltou Dom João.
Foi então que o santo pediu a Deus que todos que visitassem aquela igreja pudessem ser salvos. Deus atendeu a prece de São Francisco desde que ele apresentasse esse pedido de indulgência ao Papa, que concedeu. Desde então, em todos os dias 2 de agosto, celebra-se essa graça da indulgência.
Dom João deixou o convite para que hoje, quem puder, se dirija até uma igreja franciscana. Quem não tiver uma por perto, pode ir até a matriz de uma paróquia, a uma catedral ou a uma basílica, confessar-se (oito dias antes ou depois), participar da Missa, rezar o Creio, o Pai Nosso e pelas intenções do Santo Padre.
“É uma graça muito bela. A gente vê como São Francisco viveu com intensidade esse desejo real de Deus que quer salvar todos nós, não quer perder ninguém”, concluiu Dom João.