O Detran-SP está desenvolvendo projeto-piloto com o objetivo de monitorar, em tempo real, as provas práticas para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Agência Brasil
O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) está desenvolvendo projeto-piloto com o objetivo de monitorar, em tempo real, as provas práticas para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A ideia é que os exames que testam os futuros motoristas sejam acompanhados por diferentes recursos tecnológicos, como áudio e vídeo.
Segundo o Detran, os veículos em que os testes serão feitos passarão a ser equipados com câmeras e um sistema de telemetria, que permite o rastreamento e a aferição do percurso e do comportamento do candidato durante a prova de direção. Com isso, pretende-se tornar o resultado do exame mais preciso e transparente e, sobretudo, coibir fraudes e irregularidades.
Atualmente, as provas teóricas já são feitas de forma eletrônica em São Paulo, mas a ideia é que as práticas também sejam modernizadas.
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O projeto está em fase de licitação. Segundo Daniel Annenberg, diretor-presidente do Detran, o edital deverá ser lançado até o fim de setembro e o projeto-piloto deverá estar concluído até o fim do ano em duas cidades de São Paulo, ainda não definidas, até que possa ser estendido para todas as cidades do estado, possivelmente no ano que vem.
Isso, segundo ele, não implica aumento de custos para o cidadão. “O objetivo é fazer com que os valores continuem os mesmos, mas com uma prova muito melhor do que a que existe hoje, com muito mais exatidão nos resultados.”
“O Detran do Rio de Janeiro já implantou um sistema de câmeras. O que estamos falando [em São Paulo] não é só de câmeras. É também de um sistema que vai permitir, por exemplo, saber se ele [o candidato], no meio do circuito [rota que deve fazer na prova prática], tinha que dar uma seta para a esquerda e não deu. O sistema vai conseguir gravar isso”, disse Annenberg.
Segundo ele, só na capital paulista são feitos cerca de 100 mil provas práticas a cada mês. “É uma quantidade muito grande. O objetivo é não só coibir fraudes, mas ter um histórico, ter informações sobre a prova para que se possa, a qualquer momento, serem solicitadas pelo próprio candidato ou mesmo pela Justiça para avaliar se aquela prova foi feita e como ela foi feita.”
Em nota, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) disse que entende como válido “tudo que for feito para melhorar os procedimentos a fim de garantir a segurança do cidadão”. Acrescentou que as medidas que estão sendo adotadas pelo Detran-SP também estão sendo estudadas pelo governo de Minas Gerais.