Ter acesso a saúde, educação e transporte gratuito são direitos das pessoas com deficiência. Só que, muitas vezes, esses direitos não são respeitados. Para mudar essa realidade, a Defensoria Pública de Minas Gerais vai realizar um mutirão destinado a essa público.
Reportagem de Monizy Amorim e Vitor Ferreira
Cláudio possui deficiência intelectual. Até a morte de sua mãe, a família não sabia como seria essencial o papel da Defensoria Pública na vida dele. “A passagem da curatela, que era um documento que me tornava responsável por esse meu tio. Então a gente entendeu que a Defensoria Pública, ela tinha uma sessão aqui dentro especializada pro atendimento dessas pessoas”, falou o gestor de RH, Antônio Ferreira.
A descoberta do serviço da Defensoria Pública mudou a vida de Cláudio e pode mudar a de muitas famílias que ainda desconhecem todos os direitos das pessoas com deficiência e o quanto eles não são respeitados.
“Questões relacionadas à escolarização da pessoa com deficiência, adaptações escolares, material adaptado, atendimento educacional especializado, adaptação no ambiente de trabalho para que essa pessoa com deficiência possa aí prestar um serviço, de maneira digna, isenção para aquisição de veículo automotor em algumas alguns casos específicos, passe livre, que é a gratuidade no transporte coletivo”, explicou a coordenadora da Defensoria da Pessoa com Deficiência, Fernanda Fernandes.
Para que mais pessoas com deficiência tenham acesso a direitos como esses. No dia 4 de setembro, a Defensoria Pública de Minas Gerais realiza o primeiro mutirão da inclusão da pessoa com deficiência. As inscrições para participar vão até a próxima sexta-feira, dia 29 de agosto.
“Então, a ideia do mutirão é justamente facilitar pras pessoas. Elas vão ter o dia marcado certinho aqui para vir aqui já com a lista de documentos que já vão receber com antecedência para de fato a gente ampliar aí o conhecimento das pessoas a respeito dos seus direitos”, afirmou Fernanda.
Direitos que Antônio e família sabem o quanto fazem diferença na vida de uma pessoa com deficiência. “A gente é muito leigo para saber inclusive dos nossos direitos, de como buscar, de que forma a gente vai se defender. E a Defensoria faz um trabalho incrível com a gente”, lembrou Antônio.