Em Belo Horizonte, crianças com paralisia cerebral encararam um desafio e tanto: uma trilha na mata com apoio, cuidado e muita diversão. A ação, promovida pela Associação Mineira de Reabilitação, mostrou como a inclusão transforma caminhos e vidas.
Reportagem de Vanessa Anicio
Imagens de arquivo AMR
Ar puro, trilhas na mata e muita superação. Crianças atendidas pela Associação Mineira de Reabilitação viveram um dia diferente, longe da rotina de terapias.
O destino foi um parque ecológico em Nova Lima, com acessibilidade e desafios preparados especialmente para elas. “Nunca imaginei que um dia pudéssemos estar aqui fazendo uma trilha com um equipamento tão maravilhoso”, expressou a mãe de criança assistida pela AMR, Ruth Alvarenga.
A atividade foi realizada em parceria com o projeto ‘Trilha para Todos’, que leva pessoas com dificuldades de mobilidade ao contato direto com a natureza. Com instrutores e equipamentos adaptados, os pequenos percorreram caminhos que antes pareciam impossíveis.
“A gente acredita que a natureza precisa ser vivida sem barreiras, né? Então o ‘Trilha para Todos’ tem o objetivo de trazer pessoas com algum tipo de deficiência motora ou para as trilhas através dos equipamentos adaptáveis”, explicou a coordenadora do ‘Trilha para Todos’, Sandra Idrame.
Mais do que a experiência ao ar livre, a ação reforça a importância de incluir pessoas com paralisia cerebral em todos os espaços da sociedade. “O objetivo de ações como essa vai para questões de ocupação de espaço. A gente vai fazer uma adaptação para pessoas com deficiência a ter o acesso desses locais e para além também de garantia de leis e direitos de ir e vir de crianças e adolescentes. Vamos para questões de lazer, questões de trilha, questões de acessibilidade e questões de integração social”, afirmou o instrutor de esportes na AMR, Diego Brenner.
Para as famílias, cada passo é uma conquista que vai além da trilha. A atividade fortaleceu vínculos, elevou a autoestima das crianças e mostrou o valor da inclusão para além das clínicas e escolas. “Não apenas para passear, fazer uma trilha, mas para vivenciar uma experiência única e que nós nunca tínhamos feito antes”, concluiu Ruth.


