Em reunião do Conselho Permanente da CNBB, os bispos discutem questão econômica do país e prometem nota oficial sobre o momento atual
Da redação, com CNBB
O Conselho Permanente (Consep) da CNBB ouviu nesta terça-feira, 21, o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), o economista Júlio Miragaya, que fez uma exposição sobre as razões da atual crise econômica brasileira.
Segundo relatou o site oficial da CNBB, o especialista apontou para equívocos recentes nas políticas monetária, cambial e fiscal por parte dos últimos governos. Segundo disse o economista, as consequências desses equívocos, além de outras, comprometeram o desenvolvimento econômico atingindo a produção industrial e gerou alto desemprego.
Miragaya lembrou os “remédios receitados” pelo capital financeiro para superar a crise atual: ajuste fiscal e reformas. Algumas sugestões de medidas que poderiam ser adotadas, segundo o economista: mudar o modelo tributário; preservar os direitos sociais e as políticas públicas de valorização do trabalho; mudar a política macroeconômica; combater a concentração da renda e da riqueza.
Ainda hoje os bispos decidiram emitir uma nota Oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sobre o momento atual da realidade brasileira foi aprovada como ponto da pauta de trabalhos da reunião.
A reunião do Conselho Permanente da Conferência é composta pelos presidentes das comissões pastorais e os presidentes dos regionais. O encontro, na sede da entidade, em Brasília (DF), começou nesta terça-feira, 21, e se estende até o dia 23, quinta-feira, ao meio dia.
Presidido pelo cardeal arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, o encontro também conta com participação de representantes dos organismos ligados à Conferência e assessores especiais e aqueles que servem nas comissões pastorais. A pauta da reunião contempla vários outros pontos importantes da vida da Igreja no Brasil. O encontro teve início com uma celebração de abertura dedicada a Campanha da Fraternidade deste ano.