Poucos textos religiosos tem o impacto e o fascínio da parábola do Filho Pródigo, que deveria ser chamada a parábola do Pai misericordioso ou perdoador , já que Ele é o centro da revelação e do ensinamento de Jesus. Muitos desconhecem que esse itinerário do filho pródigo, é também o percurso do penitente que almeja o reencontro com o Pai e ser perdoado.
De fato, todos somos como o filho que quis sair de casa e fazer a sua própria vida fora do plano e da proposta de Deus. Caímos na real, sentimos saudade e arrependimento de termo-nos distanciado e afastado de um Pai amoroso e decidimos voltar. A confissão ou a reconciliação é o sacramento da volta, do retorno à vida da graça, do refazer a aliança e resgatar a amizade com o Senhor.
Longe de ser uma experiência opressora, culpabilizante ou torturadora, se trata de um encontro com a graça e o perdão divino onde estabelecemos um diálogo de fé e confiança com quem em nome de Deus exerce as funções de pai, mestre, médico e juiz da benevolência e misericórdias divinas.
Como o filho pródigo celebramos a festa da vida nova, do reencontro e da verdadeira paz, por isso após termos recebido a absolvição dos pecados só os convidados a uma oração de ação de graças e louvor pelo grandioso dom do perdão e da reconciliação.
Confessar-se é reempreender o caminho da santidade, da vivência e realização da filiação divina que nos conduz a plena felicidade, que implica e consiste num estado de harmonia e comunhão com Deus. Por maiores que sejam nossas culpas e pecados, Deus sempre está nos esperando, para nos dar sempre o seu perdão, porque a sua misericórdia, compaixão e bondade são infinitas.
Não negligenciemos esta fonte, espaço e berço da humanidade nova, esta forja e escola de santidade que é o sacramento da confissão. Que Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, Refugio e Consolação para todos os pecadores nos ajude a celebrar com alegria, fé e confiança o sacramento da Volta. Deus seja louvado!