Especialista comenta influência do comportamento organizacional nos resultados empresariais
André Prado*
Nas melhores organizações o comportamento organizacional é uma determinante com o objetivo de preparar as empresas para que trabalhem mais eficazmente. Trata-se de um estudo contínuo que observa como os profissionais agem nas corporações.
O motivo da existência da observação comportamental deve-se ao fato de que este ato pode afetar os resultados empresariais de forma positiva ou negativa. Portanto, é ideal que as organizações realizem avaliações periódicas por meio da apropriação de ferramentas que contribuam para a promoção da gestão de alto desempenho.
Muitos administradores possuem dificuldades em lidar com o comportamento organizacional ao se depararem com desafios que parecem imensuráveis neste campo. É preciso compreender a importância das habilidades interpessoais que ocorrem no local de trabalho, saber analisar o modelo do comportamento e identificar as principais contribuições do estudo comportamental.
Uma organização que não compreende o que ocorre com o comportamento de seus integrantes pode ter sérios problemas. As lideranças negativas podem promover em escala o sentimento de insatisfação, fazendo com que os colaboradores sintam-se desmotivados a produzir. Por isso, é altamente recomendável entender sobre as necessidades pessoais e saber como promover os estímulos sociais.
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Quando o comportamento organizacional começa a afetar a atuação da empresa no mercado, torna-se vital saber como alterá-lo positivamente. Desta forma, é fundamental que as organizações saibam cada vez mais sobre o comportamento de equipes, indivíduos e trate este assunto como uma ciência emergente que necessita ser apoiada por áreas como sociologia, psicologia e economia.
A gestão por competências pode auxiliar grandemente nesta questão, pois é possível verificar nos colaboradores os conhecimentos, atitudes e habilidades que viabilizem um alto rendimento atrelado aos resultados organizacionais. Cabe salientar que o conhecimento é vinculado ao saber, as habilidades em saber fazer e as atitudes em querer fazer.
A gestão do clima organizacional
A gestão responsável por atuar no clima organizacional deve analisar constantemente os fatores de motivação e satisfação no trabalho, identificando problemas e criando um plano de ação para melhorar o comprometimento e a produtividade dos profissionais.
Para que isto ocorra é primordial desenvolver um ambiente de credibilidade, imparcialidade, respeito, camaradagem e orgulho em pertencer à empresa. Entretanto, para o bom andamento das atividades é uma necessidade urgente possuir boas lideranças, traçar as melhores estratégias, compreender processos e o comportamento das pessoas.
O capital intelectual deve ser valorizado como o principal ativo da empresa, pois a valorização dos recursos humanos torna-se estratégico na gestão empresarial. Aprimorar um ambiente de aprendizagem contínua pode aperfeiçoar processos e permitir uma maior agilidade dos programas desenvolvidos.
A proatividade na gestão de pessoas deve ser um dos atributos de bons líderes, pois esta qualidade permite a responsabilização e antecipação das escolhas além de determinar ações que deverão ser tomadas considerando cada situação decorrente da vida laboral.
No entanto, fatores críticos devem ser levados em consideração, como: realidade da empresa, compromisso da alta direção, foco nas competências essenciais, definição dos indicadores de desempenho, alinhamento às estratégias organizacionais e o envolvimento de todos.
Em suma, é relevante que a cultura organizacional esteja aberta ao investimento em mudanças que reduzam a zona de conforto e na preparação de colaboradores capazes de rápida adaptação aos novos rumos traçados por meio do aprimoramento e constante especialização.