Artigo- Empreendedorismo

Como ser um bom profissional

Especialista avalia comportamento reativo na vida pessoal e profissional

André Prado*

A lei da ação e reação

Certa vez um empresário se queixou do fato de gerar tantos desafetos nos relacionamentos em sua vida pessoal e profissional. Tempos depois, ele mesmo chegou à conclusão de que era uma pessoa muito reativa. As pessoas que convivem com indivíduos extremamente reativos, muitas vezes discutem ou os isolam por acharem que estes são uma espécie de bomba relógio sempre pronta a explodir.

Quando o grau de reatividade é elevado, estes podem até ser considerados por alguns como: sem escrúpulos, estúpidos, explosivos, arrogantes e desequilibrados. Este é o rótulo tachado àqueles que tendem a ter atitudes grosseiras agindo com elevada impulsividade.

É triste saber que no meio corporativo existem os que assim atuam. Vale citar um pensamento de autoria desconhecida que circula nas redes sociais: “Algumas pessoas passam por nossas vidas para nos ensinar a não ser como elas”. Porém, é preciso saber que toda ação pode gerar uma reação. Isto nos remete à terceira Lei de Newton: “A toda ação há sempre uma reação oposta”. Quando alguém age de forma bruta, esta pode receber de volta uma reação desastrosa. Entretanto, na maioria dos casos não é estratégico reagir a indivíduos que desenvolvem ações grotescas, pois seria como aceitar o convite para entrar no jogo sórdido desejado e esperado pelo propositor.

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Lamentavelmente, ainda existem trabalhadores em determinadas organizações que gostam de gerar polêmicas, tumultos, intrigas, desavenças e separações na tentativa de comandar neste meio. Mas como reza o dito popular: “quando um não quer, dois não brigam”. Não aceitar entrar no jogo de quem fica importunando, perseguindo e até mesmo praticando assédio moral, é muitas vezes uma boa solução quando possível, pois assim estará saindo da área de ação do manipulador.

A mesma estratégia pode se aplicar para pessoas que querem competir em tudo. Basta ser indiferente ao convite de competição e elas não terão com quem concorrer, afinal existem pessoas com as quais uma competição não agregaria em nada.

Sabe-se que a competição pode ser interessante para buscar a evolução em alguns casos, mas esta tem de ser sadia. Isto ocorre inclusive entre empresas concorrentes, trazendo por vezes benefícios desta competição aos seus clientes por meio da geração de produtos ou serviços inovadores. No entanto, ficar se digladiando em competições desnecessárias ou em concorrências desleais, antiéticas e descontroladas pode fazer com que não haja vencedores nas batalhas.

O perfil dos bons profissionais

Sabe-se que algumas das demissões solicitadas por competentes funcionários não são pelo motivo de não gostarem da organização onde desempenham suas atividades, mas sim por não apreciarem a forma de atuação de seus superiores.

James C. Hunter, autor do livro O Monge e o Executivo, enfatizou: “a mediocridade afasta os competentes”. É por estes e por outros motivos que é preciso ter bons profissionais no comando de setores das empresas.

Existem muitas qualidades relevantes que podem ser atribuídas aos profissionais em busca da excelência, sendo que não há como enumerar todas, mas cabe elencar algumas. Bons profissionais perseguem a melhoria contínua e o desenvolvimento em diversos segmentos, são detentores de espírito de liderança, buscam coesão do grupo, apaziguam conflitos ao invés de ficar gerando-os.

Além disso, estimulam a harmonia e o trabalho em equipe, comentam positivamente sobre os colaboradores motivando-os e demonstrando apreço pelos bons resultados alcançados, desenvolvem boa oratória para uma comunicação eficiente, tornam-se bons ouvintes para não tomarem ações precipitadas, estabelecendo um canal aberto de acesso.

Em relação a empresa, gostam e falam bem das organizações onde atuam, procuram agir sempre com ética e franqueza, são pessoas com valores admiráveis capazes de atrair pessoas. São pessoas que se arriscam a cometer erros, admitindo quando os cometem e aprendendo com os mesmos. São focados na busca de seus objetivos e do sucesso da organização, não desistem de coisas complexas, sabem dizer “não” quando necessário, fazem uma boa gestão do tempo, procurando manter equilíbrio nas decisões tomadas.

Os que buscam a excelência normalmente possuem a mentalidade de vencer e sempre aberta ao novo, ajudam aos que estão ao redor a vencerem, são autodidatas, priorizam os aspectos qualitativos, estão em constante construção, desenvolvem habilidades e competências, aprimoram o controle emocional, entre vários outros atributos elogiáveis.

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andreprado*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D´Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br

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