INICIATIVA

Bancos de sangue fazem coleta em domicílio no RJ

Projeto “Hemorio em Casa” busca aumentar o número de doações durante período de pandemia, facilitando a participação da população que está em isolamento

Da redação

No Rio de Janeiro, bancos de sangue fazem a coleta em domicílio / Foto: Pixabay

Desde quarta-feira, 1º, a doação de sangue passou a ser feita em condomínios do Rio de Janeiro. A estratégia, que leva o nome de “Hemorio em Casa”, tem como objetivo facilitar a participação dos doadores que se encontram em período de isolamento social.

A iniciativa, proposta pelo Hemorio, hemocentro da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, quer evitar o baixo estoque, que registrou queda de 50% na semana passada por conta da pandemia do coronavírus. É importante lembrar que: não há qualquer evidência de risco de contrair coronavírus pelo ato de doar sangue, que é um procedimento absolutamente seguro.

Como funciona

As equipes do Hemorio instalarão uma estrutura para coleta das bolsas de sangue nos salões de festa de condomínios com, pelo menos, 500 moradores em idade adequada para doar. O doador será orientado a aguardar em seu apartamento até o momento da coleta, quando será contatado via WhatsApp ou interfone, evitando assim aglomerações, o uso de transportes públicos e a exposição prolongada em ambientes externos.

Os síndicos de condomínios interessados na ação e que possuam a estrutura e o número adequado de moradores podem entrar em contato com o Hemorio pelo e-mail coleta.condominio@hemorio.rj.gov.br ou pelo telefone (21) 96467.2154.

Entre as principais estratégias de segurança adotadas pelo Hemorio, durante esta pandemia, estão as restrições de caravanas ou grandes grupos no Salão de Doadores da unidade, além da identificação de candidatos sintomáticos que possam ter potencial transmissão. Os critérios foram separados da seguinte forma:

• Candidatos à doação que tiveram a doença ficam inaptos por 90 dias após a cura;
• Candidatos à doação que tiveram a forma grave da doença ficam inaptos por 1 ano após a cura;
• Candidatos à doação que tiveram contato com casos suspeitos ou confirmados ficam inaptos por 30 dias após a cessação do contato;
• Candidatos à doação que retornaram de viagem internacional, vindos de qualquer país, ficam inaptos por 30 dias a partir do dia da chegada ao Brasil;
• Candidatos à doação que tiveram contato domiciliar com casos suspeitos ou confirmados ficam inaptos por 30 dias após a cessação do contato.

Outras ações

Entre as demais estratégias para captação de sangue, durante o isolamento, está o contato com as Forças Armadas, incluindo Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal, com o objetivo de promover a doação de sangue nos quartéis e batalhões desses grupos, que estão, prioritariamente, a serviço da população e não interrompem suas atividades, mesmo durante o período de epidemia.

Com a diminuição dos serviços, o fechamento das empresas e a redução no número de pessoas nas ruas, o Hemorio conta mais do que nunca com o apoio da população fluminense. Só na semana passada, o hemocentro teve queda de 50% em seu número total de doadores. Em todo estado a queda foi de, aproximadamente, 70% no total de bolsas coletadas.

Em média, o Hemorio tem disponibilidade para receber até 500 doadores por dia, quantidade suficiente para atender toda a rede pública do RJ.

Para uma situação regular, é necessário que o Hemorio disponha de, pelo menos, 300 bolsas de sangue diariamente. A importância da divulgação deste trabalho é a conscientização sobre a doação, que é fundamental para a manutenção de estoques adequados. Além do Hemorio, o estado conta com postos de coleta em diversos outros municípios.

Os endereços podem ser acessados no site do Hemorio (www.hemorio.rj.gov.br).

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