A Confederação Nacional da Indústria (CNI) previu nesta terça-feira, 14, uma desaceleração da economia em 2011 e alertou para um corrente descompasso entre a evolução da demanda doméstica e da produção.
A entidade previu que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 4,5% em 2011, após uma alta estimada de 7,6% este ano. No mesmo período, o crescimento do PIB industrial cairá para 4,5%, frente ao patamar de expansão de 10,9% este ano.
"Passada a crise financeira, a euforia da recuperação vista no início do ano, a economia brasileira caminha em uma trajetória de convergência ao seu potencial de crescimento", disse a CNI, em informe.
A demanda doméstica continuirá forte, com o consumo das famílias devendo crescer 5,1% e os investimentos, 13,5%.
Contudo, a entidade alertou que a produção não tem crescido em ritmo suficiente para acompanhar a demanda, e a valorização cambial está na raiz deste problema. A previsão para a cotação média do dólar em 2011 é de 1,70 real, abaixo da média estimada este ano de 1,76 real. O saldo positivo da balança comercial, por sua vez, deverá diminuir para 4 bilhões de dólares, de estimados 15 bilhões de dólares este ano.
A CNI também prevê que a taxa básica de juro deve voltar a aumentar, chegando a 12% no final de 2011.
"A provável alta dos juros em resposta à aceleração da inflação, irá criar maior pressão sobre o câmbio, exacerbando as dificuldades de competição dos produtos brasileiros", afirmou a CNI.
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