Pela terceira vez, CNBB se posiciona contra redução da maioridade penal aprovada pela Comissão da Câmara dos Deputados
André Cunha
Da redação, com colaboração de Felipe Rodrigues
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se manifestou contrária à redução da maioridade penal, mesmo em crimes hediondos, como foi aprovada nesta quarta-feira, 17, na Comissão especial da Câmara dos Deputados.
A nota com a posição da instituição católica foi divulgada nesta quinta-feira, 18, durante coletiva com a imprensa.
Segundo a instituição, o caminho para pôr fim à “condenável violência praticada por adolescente passa, antes de tudo, por ações preventivas como educação de qualidade, em tempo integral; combate sistemático ao tráfico de drogas; proteção à família”.
E ainda, pela “criação, por parte dos poderes públicos e de nossas comunidades eclesiais, de espaços de convivência, visando a ocupação e a inclusão social de adolescentes e jovens por meio de lazer sadio e atividades educativas; reafirmação de valores como amor, o perdão, a reconciliação, a responsabilidade e a paz”, conforme o texto.
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Os bispos também discordaram da tentativa de aprovar a ideologia de gênero para as escola e se disseram preocupados com essa ideologia discutida nos estados e municípios. De acordo com os bispos, o conceito traz consequências desastrosas para as crianças e famílias e não é o caminho para combater a discriminação de homossexuais.
“A ideologia de gênero vai no caminho oposto e desconstrói o conceito de família, que tem um fundamento na união estável entre homem e mulher”, afirma a nota.
A CNBB destacou ainda a nova encíclica do Papa Francisco e disse que o convite do Pontífice é para dar outro valor à “Teologia da Criação”. “Um chamado para cultivar a natureza e guardá-la”, disseram os bispos.