As fortes chuvas que atingiram o estado do Rio de Janeiro deixaram um saldo de mais 100 mortos, a maioria soterrada, e mais de 2 mil desabrigados. O temporal foi o maior desde 1966, segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Naquele ano, o índice pluviométrico foi de 245 milímetros, enquanto que nas últimas chuvas o nível chegou a 288 milímetros.
A chuva continuou a cair sobre o Rio de Janeiro nesta quarta-feira, mas a cidade já tenta retornar à normalidade. "Do ponto de vista da mobilidade, a situação de hoje é melhor que ontem", disse hoje, aos jornalistas, o prefeito da cidade, Eduardo Paes. "Ainda temos vias fechadas e interditadas… a cidade começa a voltar à normalidade, mas a chuva continua intensa", acrescentou.
Segundo ele, não houve novos deslizamentos ou desabamentos durante a madrugada, mas o risco ainda existe. Ele reiterou o pedido para que moradores de áreas de risco e encostas deixem suas casas. "As pessoas não podem correr risco de vida", declarou.
A situação é mais complicada para o morador da zona oeste da capital, principalmente da Barra da Tijuca, visto que muitas vias que fazem a ligação com outros bairros permanecem interditadas.
"Desloca-se quem puder, mas se puder adiar uma reunião, não precisar ir para o centro da cidade, a gente pede para evitar se deslocar dada as restrições que a gente enfrenta", disse o prefeito.
Paes se reunirá nesta quarta-feira com o governador Sérgio Cabral Filho e com o ministro da Integração Nacional, João Santana, na capital fluminense. Pouco antes, Cabral e Santana se encontrarão com prefeitos de outras cidades afetadas pelas chuvas em Niterói, região metropolitana do Rio.
No Estado ainda há pelo menos 49 pessoas desaparecidas. "O trabalho voltou a todo vapor agora de manhã. Em alguns locais tivemos dificuldade durante a madrugada pela falta de luz ou de condições seguras de trabalho", declarou o cabo Leonard, do Departamento de Relações Públicas do Corpo de Bombeiros.
Os transportes, como trens e metrô funcionavam normalmente nesta quarta-feira. O aeroporto Santos Dumont operava por instrumentos para pousos e decolagens. Dezesseis bairros da capital estavam sem energia elétrica.
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