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CCBB de São Paulo recebe exposição inédita de memes

Eles nascem nas redes, ganham o mundo e viram parte do nosso vocabulário digital. Os memes divertem, provocam e também levantam alertas. Em São Paulo, uma exposição mostra como esse tipo de linguagem pode entreter, mas também excluir e desinformar.

Reportagem de Flavio Rogério e Gilberto Pereira

Como surgiram os memes e como eles são produzidos? Algumas respostas estão na exposição Meme no Brasil da memificação, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, o CCBB de São Paulo. Essa forma de se comunicar está sendo cada vez mais utilizada, principalmente entre os jovens. 

“Eu gostei dos emojis e dos negócios engraçados que eu vi ali. Eu ri muito. Eu geralmente mando pro meu namorado e para amigos”, disse a estudante, Larissa Schineder. “Bom, como publicitário eu vejo como meio de comunicação, então acho que é bem interessante além do obviamente o próprio humor, mas a forma de também trazer humor e informação”, falou o publicitário e diretor de arte, Luiz Henrique.

Esse é um dos espaços onde os visitantes param e tiram algumas fotos. Essas carinhas são muito conhecidas nas redes sociais. Os emojis são utilizados para expressar alguma emoção ou até mesmo substituir palavras. “Brasil é o país que mais produz e consome memes. Então, a exposição que você vai ver obras, obras originais de artistas contemporâneos, até instalações, vídeos”, contou o gerente geral do CCBB(SP), Cláudio Mattos.

A mostra apresenta também como os memes são utilizados como ferramenta política e traz alguns alertas para a superexposição nas redes sociais e como esses memes podem ser sinal de polarização e até de violência. 

Para esse professor de História e Sociologia, eles são um recurso de comunicação e geram muitas reflexões e cuidados. “Eu mando um meme, você manda outro. A gente tá se divertindo porque são engraçados os memes, mas se você manda num outro contexto, cria-se uma nova conotação e essa nova conotação gera o conflito”, alertou o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Wesley Espinosa. 

A exposição é de graça e fica em cartaz até 3 de novembro. Depois da capital paulista, deve passar por Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Seja para rir ou refletir, a amostra está atraindo o público de todas as idades. “É uma nova fase do humor. É uma forma diferente de fazer humor”, concluiu o escrevente, Luiz dos Reis.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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