O Brasil continua a ter o maior número de católicos do mundo. Esta é uma das conclusões do estudo “Economia das religiões: mudanças recentes” lançado hoje pela Fundação Getúlio Vargas com base em dados do IBGE, sobre o orçamento familiar dos brasileiros coletados no ano de 2003. Foram pesquisadas mais de 63 religiões praticadas no país.
A religiosidade do brasileiro está em alta e o catolicismo continua sendo a religião com o maior número de fiéis no país: em 2003 eles representavam quase 74% da população, ou seja, 130 milhões de brasileiros. No Ranking das religiões feito pela própria pesquisa, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus, aparece em segundo lugar com 4,8% de fiéis e a a Igreja Evangélica Batista com 1,8%.
Entre os católicos os homens são apontados como sendo mais devotos que as mulheres. Em relação a idade, segundo a pesquisa o maior número de fiéis está concentrado no grupo acima de 60 anos: 77,5% dos idosos no país seguem a religião católica. Já em relação a condição socioeconômica, a maior parcela dos fiéis está concentrada na camada mais pobre do país, a chamada Classe E na camada mais rica, a Classe A.
Ainda de acordo com dados do estudo, menos de 1% dos católicos do país contribuem com o dízimo: a média mensal de contribuição é de cerca de 11 reais.
Para o coordenador da pesquisa, Marcelo Néri, a recuperação do status da Igreja Católica desde o ano 2000 pode ser explicado por uma série de fatores, principalmente por questões econômicas.