Canonização de Madre Paulina

O primeiro aniversário da canonização de Santa Paulina, que acontece na próxima segunda-feira, será comemorado no domingo, no santuário de Vígolo. A agitação já é grande nessa localidade do município catarinense de Nova Trento, distante 90 quilômetros de Florianópolis.

São esperados cerca de 15 mil fiéis para um dia inteiro de festa, com quatro missas, uma procissão e apresentações culturais. Neste sábado, perto de 2,5 mil romeiros vindos de Itajaí e Brusque chegam ao local onde a religiosa viveu parte da infância e descobriu sua vocação.

Desde esta sexta-feira eles repetem a pé o trajeto de 55 quilômetros percorrido em 1865 pela criança que viria a se tornar a primeira santa do Brasil. Naquele ano, a menina de nove anos, então Amábile L. Visintainer, chegava com sua família da homônima Vígolo, cidade italiana da região de Trento.

Trinta anos depois, após receber em sonho um chamado de Nossa Senhora, a jovem fundou no local a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, hoje presente em 11 países. Vítima do diabetes, a religiosa faleceu em São Paulo em 9 de julho de 1942, aos 76 anos. Para os devotos, Madre Paulina sempre foi santa, mas ela só foi oficializada como tal depois que o Vaticano reconheceu dois dos seus milagres, num processo que se estendeu por 37 anos.

A canonização aumentou a peregrinação a Vígolo, mas as irmãs da Congregação não sabem quantas pessoas visitaram o santuário nos últimos 12 meses. Estima-se que o movimento de 120 mil visitantes por ano tenha dobrado, assim como os negócios.

O número de lojas que vendem lembranças da santa duplicou, o movimento nos cinco restaurantes também, e os devotos agora contam com o conforto de um hotel. Empresários da região lucram com a fabricação de velas e camisetas com a estampa da santa.

Tudo em nome da fé – ou da curiosidade – dos católicos.

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