Câmara Municipal de São Paulo aprovou o Plano Municipal de Educação da capital sem menção à ideologia de gênero
Da redação, com Câmara Municipal de SP
O PME (Plano Municipal de Educação) foi aprovado em segunda votação com substitutivo assinado pelas lideranças dos partidos (exceto PPS, PDT e Psol), na tarde desta terça-feira, 25, por 44 votos a favor e apenas quatro contrários – dos vereadores Cláudio Fonseca (PPS), Juliana Cardoso (PT), Netinho de Paula (P DT) e Toninho Vespoli (PSOL). O Projeto de Lei (PL) 415/2012 foi aprovado sem menção à ideologia de gênero.
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“Parabéns aos padres, freiras, jovens, homens e mulheres de Deus, que nos dias 11 de agosto e ontem, diante da Câmara Municipal de São Paulo testemunharam a fé”, postou em seu Twitter o Professor Felipe Aquino, palestrante católico esteve na votação.
O grupo de católicos chegou à Casa Legislativa na tarde de ontem, colocando-se em frente ao prédio com carro de som, bandeiras e camisetas. Além de proclamarem palavras contra a ideologia de gênero, uniram-se também em momentos de oração.
Manifestantes de movimentos a favor da ideologia de gênero também foram ao local, pedindo a inclusão da questão no PME.
Durante a votação, representantes dos dois grupos ocuparam as galerias sobre o plenário da Câmara, de onde acompanharam a discussão.
A vereadora Juliana Cardoso votou contra o projeto atual justamente pelo fato excluir a ideologia de gênero.
“A questão do gênero, da diversidade e da sexualidade, são conceitos que a gente tem que trabalhar na escola até para que não tenhamos uma sociedade que hoje tem altos índices de violência contra as mulheres, a população LGBT sendo discriminada e, muitas vezes, espancada”, disse.
A vereadora Edir Sales (PSD) defendeu a exclusão das questões de gênero no texto, conforme projeto aprovado. “Essa questão de gênero deixaria muitas dúvidas. Então, eu creio que a educação tem que vir da família, dos pais”, considerou Edir.
“Nós entendemos que a educação não formal cabe à família. Nós precisamos melhorar a qualidade pedagógica e não tentar ampliar as ações”, declarou o vereador Aurélio Nomura (PSDB).
Agora, caberá ao prefeito Fernando Haddad (PT) a sanção do texto, que terá validade de dez anos.