Iniciativa da Cáritas Brasileira deve acolher e integrar 612 migrantes venezuelanos em seis capitais brasileiras
Da redação, com Cáritas Brasileira
Nesta quinta e sexta-feira, 29 e 30, mais um grupo de imigrantes venezuelanos chegará em Brasília. Por volta das 13h50 de hoje, 80 pessoas provenientes de Boa Vista, Roraima, irão desembarcar na Base Aérea de Brasília. E amanhã mais um grupo de 22 venezuelanos, totalizando 102 migrantes.
O deslocamento faz parte do programa de integração da Cáritas Brasileira e é coordenado pelo Governo Federal em parceria com agências da ONU.
Com o Programa Pana: de resposta à Crise Humanitária, entre os dias 29 de novembro a 19 de dezembro, seis capitais brasileiras (Porto Velho (RO), Recife (PE), Brasília (DF), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC)), vão acolher e integrar 612 migrantes venezuelanos.
Programação em Brasília
Na capital federal, os venezuelanos serão acolhidos na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Rua 48, s/n lt 450 – Centro – São Sebastião, onde vão almoçar e receber as primeiras orientações. Em seguida, serão acompanhados até as casas, com mobiliário e equipamentos básicos, alugadas pela Cáritas Brasileira, Cáritas Suíça e o Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Neste sábado, 1º,, haverá Missa de acolhida, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, às 16h, com as presenças do bispo auxiliar de Brasília, Dom Marcony Vinícius Ferreira, padres das paróquias da região e comunidades. Na ocasião, haverá a bênção aos migrantes e um chá de casa nova solidário, a partir das doações que estão sendo arrecadadas.
Antes do deslocamento, em que os migrantes se inscreveram de forma voluntária para viajar, eles receberam as vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e coqueluche. Passaram por regularização migratória junto à Polícia Federal, seja por meio de solicitação de refúgio ou de residência temporária e receberam documentação como: Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM), Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Carteira de Trabalho.
Em todas as capitais, os migrantes vão receber uma estrutura de acolhimento que passa pela concessão de aluguéis sociais, itens de necessidades básicas, como alimentos, roupas, kits de higiene pessoal e limpeza, bem como apoio jurídico e psicossocial. O Governo Federal, por meio do Exército Brasileiro vai oferecer, às famílias migrantes, alimentação por três meses.
Programa Pana
O Pana é uma iniciativa desenvolvida pela Cáritas Brasileira e pela Cáritas Suíça, com apoio do Departamento de Estado dos Estados Unidos, e, visa contribuir com a assistência humanitária e a integração de migrantes e refugiados, em especial os venezuelanos, que estejam em situação de vulnerabilidade social e que buscam reconstruir a vida no Brasil.
O projeto tem como objetivo, ao longo de um ano, favorecer mais de 3.500 pessoas, sendo, pelo menos, 1.224 delas migrantes venezuelanas, a partir da integração em sete capitais do Brasil: Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Velho, Recife e São Paulo, e conta com parceiros locais que contribuem para a integração dos migrantes.
Pana é uma palavra da língua da etnia indígena Warao e significa amigo, parceiro. Diante da crise política e econômica na Venezuela, os Warao foram os primeiros a atravessar a fronteira do país com o Brasil em busca de ajuda para sobreviver.