Bispos destacam que a missão da presidência é contribuir e fazer com que a Igreja seja presente na sociedade
Alessandra Borges
Enviada especial a Aparecida (SP)
Nesta terça-feira, 21, a nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o quadriênio 2015 a 2019 composto pelo presidente eleito o arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha; vice-presidente eleito o arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Sebastião Krieger; o secretário geral reeleito o bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Leonardo Ulrich Steiner atenderam a imprensa.
Dom Sérgio, presidente eleito, agradeceu aos jornalistas pela cobertura realizada da 53º Assembleia Geral da CNBB e evidenciou que estão previstas pra hoje cinco votações, nas quais vão eleger os novos Presidentes das Comissões Episcopais Pastorais da CNBB.
“Nós agradecemos a Deus pelo clima bastante fraterno e respeitoso entre os nossos bispos e recebemos o resultado de cada eleição com um espírito de unidade. A nossa missão em primeiro lugar é cumprir e ajudar com as decisões e propostas do próprio episcopado brasileiro”, disse Dom Sérgio.
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As eleições para nova presidência segundo Dom Sérgio foram realizadas após a conclusão dos estudos para a atualização das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, estas que ajudaram a conduzir os trabalhos da CNBB.
“Nós, nos colocamos como servidores aos serviços que queremos prestar a nossa Igreja, através da CNBB. Toda a Campanha da Fraternidade deste ano recordava uma palavra de Jesus, ‘Eu vim para servir’. Neste espírito de serviço que assumimos as diversas funções”, ressaltou o arcebispo de Brasília.
Desafios da Igreja e da CNBB para o Brasil
A Igreja, através da CNBB, tem desempenhado cada vez mais o seu papel na sociedade para as questões que necessitam de um olhar mais humano e fraterno. Dom Sérgio recordou as palavras do Papa Francisco sobre a Igreja se fazer presente na sociedade nas diferentes situações.
“A CNBB tem o seu papel reconhecido e valorizado na própria Igreja e na sociedade, mas nós queremos cada vez mais sentir esta presença da Igreja na sociedade para que possamos produzir frutos. Nós não queremos fazer isso sozinhos, mas queremos que esta presença da Igreja na sociedade possa trazer mais efetivo e que possamos sempre caminhar e tomar decisões juntos acolhendo aquilo que são os anseios das Comissões Episcopais Brasileiras, porque os bispos que estão aqui não representam a si próprios, mas as Igrejas particulares”, destacou Dom Sérgio.
O arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Sebastião Krieger, ressaltou que os momentos de crise não são necessariamente negativos, mas sim de decisão.
“Temos uma função bem clara dentro da Igreja, mas na sociedade recordamos valores que nem sempre são lembrados. Valores que possam iluminar a caminhada da sociedade a uma maior fraternidade e uma multiplicação de gestos de solidariedade tendo como consequência a paz.
Sabemos que somos uma instituição no meio de tantas, mas queremos dar a nossa contribuição e fazer com a Igreja seja cada vez mais dinâmica, entusiasta e possa brilhar com uma luz que aponta para o Senhor”, explicou Dom Murilo.
Para o bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Leonardo Ulrich Steiner, a CNBB tem sempre procurado dialogar com todas as camadas da sociedade e também em nível de governo.
“Nós queremos dar a nossa contribuição, porque a CNBB faz parte da sociedade brasileira e nós como pastores queremos dar esta nossa contribuição. Certamente, nós faremos um esforço muito grande de levar o termo do ano da paz e mostrando a reconciliação, a necessidade da justiça e de termos uma sociedade onde as pessoas tem Deus, tem voz e tudo sob a luz do Evangelho”, enfatizou.
Dom Leonardo ainda destacou que durante a assembleia estão sendo elaboradas a declaração sobre a reforma política e a maioridade penal.
A nova presidência da CNBB irá tomar posse na sexta-feira, 24, durante a Missa de encerramento da 53º Assembleia Geral da CNBB.