60ª AG CNBB

Em coletiva, bispos abordam a temática da missão na Igreja

Projeto Comunhão e Partilha, Programa Missionário Nacional e o Congresso Missionário Nacional foram três assuntos apresentados no encontro com os jornalistas 

Huanna Cruz
Enviada a Aparecida

Neste sétimo dia da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispos falam sobre o projeto Comunhão e Partilha / Foto: Daniel Xavier

Neste sétimo dia da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o tema da missão na Igreja esteve em pauta na coletiva de imprensa. Os bispos abordaram o projeto Comunhão e Partilha, o Programa Missionário Nacional e a próxima edição do Congresso Missionário Nacional. 

Estiveram presentes na coletiva o presidente da Comissão para a Comunhão e Partilha da CNBB, Dom José Valmor Cesar Teixeira, bispo de São José dos Campos (SP); o presidente da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC) e o membro da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, Dom José Altevir da Silva, bispo da prelazia de Tefé (AM). 

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Para Dom José Altevir da Silva, “falar da missão da Igreja é falar da vida de Deus em nosso meio”. A missão da Igreja é o que a constitui, por que a Igreja é, por natureza, missionária. Ela nasceu da missão e para a missão.

O bispo ressaltou que, desde o início, a Igreja sempre foi uma Igreja em saída. “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” (Jo 20, 21). A Igreja é uma Igreja em saída desde a sua origem e faz parte da missão da Igreja hoje fazer uma verdadeira hermenêutica na ótica da missão. Trazer para os dias de hoje quais são as verdadeiras necessidades da consciência e da vivência missionária em toda a Igreja.

Programa Missionário Nacional

Outro tema abordado foi o Programa Missionário Nacional. Esta foi uma iniciativa criada em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023), por isso, consequentemente, segue os passos, as alterações das diretrizes.

“O Brasil tem muitas iniciativas missionárias, tantas forças missionárias, por isso é importante que se tenha um fio condutor para que se possa crescer em comunhão missionária. O Programa Missionário Nacional para a ação missionária da Igreja nasce para colaborar para que a missão seja de fato o norteador das prioridades da ação missionária da Igreja”.

O Programa apresenta quatro prioridades. A primeira delas é a formação missionária, a segunda é a animação missionária, a terceira é a missão ad-gentes e por fim o compromisso profético social. Para cada prioridade dessa, foram criados projetos, organizados por grupos de trabalhos.

Congresso Missionário Nacional 2023

Também presente na coletiva, Dom Odelir José Magri falou sobre o Congresso Missionário Nacional 2023, que vai acontecer de 10 a 15 de novembro na Arquidiocese de Manaus, no território da Amazônia. O tema será “Ide da Igreja local aos confins”, e o lema é: “Corações ardentes, pés a caminho”.

“É notório olhar para a experiência da Igreja no Brasil, na América Latina nesses últimos anos, é notório um crescimento da consciência missionária, especialmente para nós e para a América Latina, nós podemos dizer bem mais concreto do pós Aparecida de 2007. Contudo, quando olhamos para a missão ad-gentes com maior zelo, ainda carecemos no crescimento”, afirmou o bispo.

A proposta do Congresso Missionário é impulsionar um novo ardor missionário nas Igrejas locais. A iniciativa é coordenada pelas Pontifícias Obras Missionárias juntamente com o Conselho Missionário Nacional. Nas edições já realizadas, os Congressos têm colaborado com o amadurecimento da consciência missionária dos batizados, aprofundando a responsabilidade da Igreja com a missão além-fronteiras.

Projeto Comunhão e Partilha

A coletiva aos jornalistas também apresentou o projeto “Comunhão e Partilha”, que levanta e distribui recursos para a formação de seminaristas de Filosofia e Teologia nas dioceses mais pobres do país. 

O presidente da Comissão para a Comunhão e Partilha da CNBB, Dom José Valmor Cesar Teixeira, afirmou que a iniciativa nasceu no coração da CNBB em 2012, quando se celebrava 50 anos do início do Concílio do Vaticano II, uma marca da Igreja nesses últimos séculos. Na Assembleia Geral daquele ano, uma das propostas foi a criação de um fundo nacional para conseguir ajudar na formação dos futuros padres do Brasil. Após feito o documento e com a aprovação unânime da Assembleia, deu-se o início do projeto. 

A iniciativa parte de uma colaboração de 1% de cada diocese do Brasil, das suas entradas normais, mensais, para este fundo criado junto à CNBB. Anualmente, acontecem as contribuições mensais das dioceses. Este fundo “Comunhão e Partilha” repassa aos Institutos de Filosofia e Teologia, para os seminaristas, o que é necessário para os seus estudos e sua vida em comunidade.

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