Entrevista

Dom João Francisco Salm: “O Ano Vocacional já produziu frutos”

A iniciativa tem como comemoração os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país

Mauriceia Silva
Enviada a Aparecida (SP)

Dom João Francisco Salm em entrevista com o padre Wagner Ferreira, da Comunidade Canção Nova / Foto: Mauriceia Silva

Neste ano são celebrados os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país. O Ano Vocacional 2023 tem como objetivo promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como a graça e missão a serviço do Reino de Deus.

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Este é um dos temas abordados na Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida (SP). Nesta quinta-feira, 20, segundo dia de reunião, o bispo da diocese de Novo Hamburgo (RS) e presidente da Comissão Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Dom João Francisco Salm, concedeu entrevista sobre a importância de celebrar o ano vocacional na Igreja no Brasil. Ele trouxe alguns detalhes sobre como se deu a escolha do tema.

“Quando, na Assembleia Geral, teve a aprovação, as comissões foram compostas de representantes das várias comissões da CNBB, dos organismos, e aí começamos a juntar primeiro as ideias.” O bispo recorda que houve uma tempestade de ideias sobre o que de alguma forma iria entrar neste ano vocacional: visões de igreja, coisas do mundo atual, qual seria a compreensão de vocação que se gostaria que fosse passada. “Em meio a muita conversa, surgiram ideias muito boas”.

Vocação: dinamismo, vida, relacionamento

Dom Salm recorda que, para resumir tudo isso, levantou-se o tema: “Vocação, Graça e Missão”, pois no tema não podia faltar a palavra vocação. “Ela não é uma palavra fechada em si mesma, vocação é uma palavra que significa dinamismo, vida, relacionamento, que na nossa visão de fé tem a ver com a iniciativa de Deus, iniciativa amorosa, escuta, resposta, então é o intercâmbio entre Deus e a pessoa, há muita coisa na palavra vocação. A gente nunca cessa de explanar tudo o que está ali dentro”.

“Então, temos vocação como graça e missão”, explicou Dom João Francisco. “Graça exatamente por causa dessa iniciativa de Deus, no que depende dele, é dom dele, de Deus vem a nossa vida, de Deus vem a salvação Jesus Cristo, de Deus vem também o chamado para a gente se colocar a serviço na Comunidade”.

Sobre missão, Dom João Francisco explicou que há uma “tarefa” para que ela possa acontecer: “Missão porque vocação não é uma coisa que vem pronta, vocação também é participação da gente, a gente se colocar à disposição de Deus em empenhar a liberdade da gente em relação à Deus que tomou a iniciativa”.

Por fim, Dom Salm recordou que na elaboração já era possível vislumbrar os frutos. “Quando preparávamos o ano vocacional nós já dizíamos isso: “O ano vocacional já começava, no dia que nós começamos a fazer a primeira reunião pra pensar no ano. E quanto mais houvesse envolvimento de pessoas na preparação, mais o Ano Vocacional já ia acontecendo. Então, o ano já produziu frutos, só na preparação”, concluiu o bispo.

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