60ª Assembleia Geral da CNBB acontece em Aparecida (SP); evento que reúne o episcopado brasileiro vai até o dia 28 de abril
Julia Beck
Enviada a Aparecida (SP)
Começou nesta quarta-feira, 19, a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (60ª AG CNBB). O evento que reúne o episcopado brasileiro está sendo realizado no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional em Aparecida (SP). Na cerimônia de abertura, o Núncio Apostólico, Dom Giambattista Diquattro, deixou uma mensagem aos bispos, além de garantir as orações do Papa Francisco.
“Tenho a alegria e honra de participar da 60ª Assembleia Geral da CNBB. O Papa Francisco reza por esse importante momento de encontro e comunhão”, afirmou. O Núncio reforçou que o evento é um compromisso pela unidade, característica que está na identidade da CNBB.
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Dom Giambattista agradeceu à atual presidência e pela parceria que tiveram nestes dois anos em que ele está no país. O telefonema que recebeu do presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, após sua nomeação como Núncio, também foi recordado.
Ainda em seu discurso, Dom Giambattista citou o Congresso Eucarístico Nacional – ocorrido em novembro passado, na Arquidiocese de Recife e Olinda, em que esteve presente. Ele reforçou a beleza da procissão realizada na conclusão do congresso: “expressou a unidade da Igreja”.
“Gratidão por essa experiência de igreja vivida com alegria em Recife”, disse. Segundo o Núncio, eventos como o congresso e a assembleia expressam um caminho sinodal de comunhão, missão e caridade.
Dom Giambattista ressaltou o importante papel do episcopado brasileiro e pediu a intercessão de Nossa Senhora. “Que Nossa Senhora Aparecida seja a mãe que guie a Igreja no caminho do Espírito Santo”.
Nossa Senhora Aparecida e o episcopado brasileiro
O arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, também falou aos bispos presentes em Aparecida. Ele saudou a todos e pediu a intercessão da Padroeira do Brasil pelo episcopado brasileiro e pela Assembleia Geral.
“Que seja virtuosa como as outras, uma experiência de Pentecostes e de sinodalidade. (…) Esta assembleia é um ato de amor ao nosso povo, à nossa diocese”, concluiu.
O reitor do Santuário Nacional, padre Eduardo Catalfo, pediu aos bispos que se sentissem na casa da Mãe, também como romeiros e peregrinos de Nossa Senhora.
O sacerdote comentou também sobre a novena de Nossa Senhora Aparecida desse ano, que vai unir preces e orações por mais um ano vocacional. O tema de 2023 é: “Maria: nossa vocação é amar e servir”. “Maria ensina que nossa vocação é graça e missão”, refletiu padre Catalfo.
Diferenças são riquezas
Por fim, o presidente da CNBB, Dom Walmor, manifestou sua gratidão aos bispos pela parceria nestes quatro anos em que esteve à frente da Conferência. “Gratidão transforma o coração”, pontuou.
O arcebispo de Belo Horizonte (MG) agradeceu também pela presença do Núncio e indicou que a missão dos bispos se assemelha ao de um semeador. Dom Walmor citou o pedido de Jesus aos seus discípulos para que produzissem “frutos que permaneçam”. “Os frutos que somos chamados a produzir é a nossa labuta”.
Ao concluir sua mensagem, o arcebispo lembrou que uma Assembleia Geral não se faz só, mas em união. “Nossas diferenças são riquezas, raças e alegrias para nós”.
Sobre os trabalhos da Assembleia
Nesta edição, a temática principal está voltada à avaliação global da caminhada da CNBB. Esta reunião do episcopado brasileiro também será eletiva: os bispos elegerão, para o próximo quadriênio 2023-2026, os novos quatro membros para compor a presidência da CNBB; a presidência de cada uma de suas 12 comissões; dois representantes para o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e dois delegados para o Sínodo 2023.
Além dos trabalhos em plenária, alguns bispos atenderão a imprensa diariamente para uma entrevista coletiva, com informações sobre as temáticas abordadas. Neste primeiro dia, a coletiva será com a presidência da CNBB.