Coletiva de Imprensa

57ª AG: comissão prepara normativa para as mídias católicas

Bispos falaram ainda, durante coletiva, sobre a tradução do missal romano, que vem sendo feita há mais de uma década

Thiago Coutinho, de Aparecida

Bispos presentes na coletiva do segundo dia de Assembleia./ Foto: Thiago Coutinho- CN

Nesta quinta-feira, 2, em seu segundo dia, a 57ª Assembleia Geral da CNBB realizou mais uma coletiva de imprensa. Dom Darci Nicioli, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, deu início ao evento, falando sobre o documento a respeito das orientações pastorais para mídias de inspiração católica.

De acordo com o bispo, o assunto vem sendo estudado desde 2018. O religioso explicou que este documento trará instruções e regras para veículos de inspiração católica, uma vez que muitos excessos foram percebidos pela Igreja nos últimos tempos.

“São orientações pastorais, não normativas, a fim de ajudar aqueles que militam nos meios de comunicação católicos. Ele foi composto por leigos, religiosos e profissionais de comunicação. Contamos ainda com a ajuda de três equipes: uma da PUC de Minas Gerais, outra da Universidade Federal do Amapá e uma equipe da PASCOM nacional”, explicou. 

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.: Cobertura da 57ª Assembleia Geral da CNBB

O centro das preocupações do documento, enquanto Igreja, concentra-se nos eventos e trabalhos acerca “dos mistérios da Igreja”, como classificou o bispo. “Precisa-se ter fidelidade à Igreja, a partir das linhas do Concílio do Vaticano, por isto foi feito este documento”, ressaltou. “Esperamos que este trabalho consiga fazer com que enxerguemos o verdadeiro corpo evangelizador”, acrescentou. 

Dom Pedro Carlos Cippollini, responsável pela Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, foi o próximo a explicar os trabalhos feitos durante este segundo dia de evento: “A missão desta comissão é assistir a CNBB no exercício do magistério doutrinal”, explicou. “A missão tem que ser a transmissão da integralidade da fé, apontando para a transcedência da vida”, ponderou. 

A comissão, neste período de análise, promoveu seminários para discutir o laicismo e outros assuntos relacionado à presença da fé. “Esta comissão tem o dever de promover temas de interesse doutrinais. 

Missal romano

Dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, explicou como tem sido feito o trabalho de revisão da tradução do Missal Romano. São mais de três mil textos litúrgicos que passarão por uma revisão pelo episcopado, a pedido do Vaticano. “Depois de doze anos de trabalho, mais de quarenta encontros da comissão, o livro foi aprovado pelos bispos e encaminhado para as devidas correções. Foi um trabalho delicado, complexo e precioso, pois, como se sabe, a liturgia manifesta a fé, é fonte da fé da Igreja”, disse. 

A Teologia da Liturgia, segundo Dom Armando, proclama o amor de Deus para com a humanidade. “Revela o amor coerente dos cristãos. Precisávamos de uma linguagem mais próxima do povo. Nos últimos dez anos, a Assembleia dos Bispos avaliou uma parte deste missal e, finalmente, terminamos”, afirmou. Será feita agora, de acordo com o bispo de Livramento, uma revisão final que mantenha a fidelidade do texto aprovado nesta Assembleia.

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