Levantamento foi feito pela Associação Paulista de Supermercados em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe
Reportagem de Emerson Tersigni e Messias Junqueira
Boa notícia para o brasileiro: o arroz, cereal mais consumido do país, tem vivido um momento de baixa nos preços. É o que mostra um levantamento da Associação Paulista de Supermercados em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe.
Âncora da economia, freio à inflação. Estas são duas das atuais características do cereal queridinho do brasileiro, o arroz. “Então, nós tivemos um clima favorável, esse clima favorável dentro de uma estabilidade econômica. Então, a gente teve uma oferta maior, tanto no Brasil quanto no Mercosul. E essa oferta fez com que o preço baixasse”, destacou o economista, Rodolfo Rosa.
Nem sempre o preço do arroz diz respeito aos proprietários das redes de supermercados. Safra e produção são elementos bem mais determinantes no processo. “A gente tem uma média de consumo semanal de quatro a cinco picos de arroz que descarregam aqui e a gente faz as nossas pontas de gôndula. É um produto que o cliente gosta de comprar na oferta também. Então ele tem uma alta demanda de venda. A gente tem média de quatro, cinco pitos por semana de venda desse produto aqui. Tá sempre na nossa oferta”, afirmou o proprietário de supermercado, João Gilberto.
A boa notícia para o cidadão é de que em um ano a cotação de uma saca de 50 kg de arroz apresentou redução de 51%. Isso representa na prática controle da inflação e estabilidade no orçamento, tanto das famílias quanto dos estabelecimentos.
Há dois anos, José Rafael é proprietário deste restaurante. A baixa do preço melhorou o lucro dele e de tantos outros que atuam neste ramo. Agora, os pratos oferecidos estão com preços mais acessíveis. “Todos os pratos, exceto os espaguetes, que é o espaguete com camarão, que é uma uma especiaria da casa, ele não vai arroz, o resto todos os outros vai.
A gente consumia mais ou menos em torno de 50 kg de arroz por semana, gastava em torno de uns R$ 380 a R$ 400 antes e hoje a gente gasta em torno de R$ 180. É a diferença absurda”, compartilhou o proprietário de restaurante, José Rafael da Silva.
Moral da história, preço mais baixo do arroz é sinônimo de lucro para quem vende e satisfação para quem consome. “Então, quando a gente tem uma redução desse preço do arroz, isso vai fazer com que a desigualdade social diminua, porque as famílias vão ter mais acesso à alimentação, mais em conta”, apontou Rodolfo.
“Se o ano passado pagava R$ 30 num pacote de arroz, hoje paga R$ 15, esses outros R$ 15 ele consegue levar um outro produto a mais para casa. Acaba levando um produto sazonal, acaba comprando algo mais que faz volume na mesa do cliente. O dinheiro dele passa a render mais”, completou João.




