Tradição Centenária

Arquidiocese de SP realiza 117ª Romaria a Aparecida

Peregrinação da Arquidiocese de SP acontece sempre no primeiro domingo de maio

Denise Claro
Da redação

Membros da Arquidiocese de SP em Romaria a Aparecida, no ano de 2014./ Foto: Site Oficial

A Arquidiocese de São Paulo realiza neste domingo, 6, a 117ª peregrinação a Aparecida. A tradição acontece há mais de cem anos, sempre no primeiro domingo de maio. A edição deste ano tem o tema “Leigos com Maria, rumo ao Sínodo Arquidiocesano”, e levará devotos das seis regiões episcopais ao Santuário Nacional.

Padre Tarcísio Mesquita é Coordenador Geral do Secretariado de Pastoral da Arquidiocese de SP./ Foto: Site Oficial.

Padre Tarcísio Mesquita é coordenador geral do secretariado de pastoral da Arquidiocese, e explica que a relação entre as duas dioceses é histórica e afetiva. 

“São Dioceses irmãs. A Arquidiocese de SP surgiu em 1908. Mas antes disso, o estado de SP inteiro pertencia a uma única diocese, do Rio de Janeiro, então Aparecida também estava dentro daquela configuração geográfica. Em 1717 aconteceu o achado da imagem no Rio Paraíba. Em 1908 a Arquidiocese de SP foi criada e Aparecida passa a pertencer a ela. Somente em 1958 Aparecida se torna Diocese, e tem sua independência episcopal. Mas a tradição da peregrinação até Aparecida sempre foi muito forte e presente em nosso meio.”

A Basílica Velha foi construída enquanto pertencia à Diocese de São Paulo, e o início da construção da Basílica nova também estava sob sua responsabilidade.

Todas as paróquias da Arquidiocese de SP são convocadas a participar da Romaria. São mais de 300 que se organizam para estar presentes, além dos vicariatos ambientais. Espera-se que, ao todo, por volta de vinte mil pessoas participem da peregrinação. O ponto alto da programação será a Missa das 10h.

“Inscritos nos ônibus temos mais de 10 mil. Mas muitos vão com seus carros particulares, além de irem em outros finais de semana ao Santuário”, frisa padre Tarcísio.

Peregrinos

Sueli Camargo e outros membros da Pastoral do Menor, em edição anterior da Romaria a Aparecida./ Foto: Arquivo Pessoal.

Sueli Camargo atua na Pastoral do Menor na Arquidiocese de São Paulo e desde 1989 participa das Romarias a Aparecida.

“Essa data faz parte da minha caminhada como leiga e da minha história. É de extrema importância estar junto com a Arquidiocese nesse momento de compromisso, de amor a Nossa Senhora, de estarmos em oração na Casa da Mãe.”

Há cinco anos, Sueli também organiza caravanas com ônibus que vão neste dia, trazendo os peregrinos, e afirma que a preparação para a peregrinação também é importante, com a reflexão do tema em questão, meditado nos diversos grupos. “É um momento de reflexão e convivência.”

Padre Tarcísio lembra com carinho das vezes que ia, quando criança, à Aparecida, com sua família. “A gente saía de madrugada com a Romaria do bairro e a gente não dormia, pois achava que ia perder o horário. Então a gente ficava toda hora acordando o pai e a mãe pensando que já estava no horário. Ir em Aparecida para muitos de nós é uma reminiscência, a romaria é uma oportunidade muito especial, sobretudo porque a nossa romaria não tem uma finalidade financeira, é pastoral, para reunir as comunidades.”

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