Não existem organizações perfeitas, porém algumas empresas prezam por tentar manter o ambiente de trabalho saudável
André Prado*
Algumas organizações possuem integrantes em seu quadro de colaboradores cuja atuação surpreende tanto para o bem como para o mal. Estas duas forças dividem boa parte das empresas, afinal, por mais que uma corporação seja seletiva ao recrutar trabalhadores, nem todos serão bons profissionais.
Tanto em empresas privadas ou públicas, lamentavelmente é possível encontrar funcionários que se acham descendentes da raça ariana. Em outras palavras, alguns acreditam que são superiores aos demais. Pessoas com mania de grandeza costumam achar que sabem tudo, sendo que na verdade quanto mais conhecimento, mais humildes deveriam ser.
Também não faltam alguns chefes que extrapolam na forma de comandar. É possível se deparar com gestores que agem de forma arrogante, pretensiosa e maliciosa, tentando não revelar suas reais intenções.
Existem gestores que se reúnem com suas equipes com a finalidade de escutá-los, passando a sensação de serem adeptos do trabalho participativo. Entretanto, no momento de implantar algo, estes aplicam apenas o que desejam independente das opiniões ouvidas.
Leia mais
.: Outros Artigos sobre Empreendedorismo
Na verdade estes almejam unicamente que seus desejos sejam realizados, independente da vontade, disponibilidade ou alegações das equipes.
Lastimavelmente, alguns ambientes de trabalho proliferam boatos, fazem vista grossa aos grupos que trocam informações em redes paralelas e até estimulam fuxicos. E o pior é que existem chefes que administram por fofocas, gerindo de forma passional em conformidade com as conversas alheias dos mais próximos.
É inegável em uma série de organizações a existência dos bajuladores que agem como uma espécie de capachos para seus chefes, permanecendo disponíveis a realizar qualquer tipo de ação, por vezes antiética, ao pronto comando dos superiores hierárquicos.
Cabe lembrar que as empresas que detém gente para denunciar a vida do outro, caem no erro de não perceber que tais delatores raramente trabalham para terem tempo de vigiar os demais colaboradores.
Pode até parecer que os denunciantes estão ajudando a chefia a controlar a empresa, mas o subordinado está estimulando o ambiente de fofoca, gerando controvérsias e realizando politicagens ao invés de trabalhar para contribuir efetivamente com o crescimento da empresa.
Empresas saudáveis
Não existem organizações perfeitas, porém algumas empresas prezam por tentar manter o ambiente de trabalho saudável. Estas organizações possuem um alto nível de adaptabilidade às demandas internas e externas.
Com objetivos amplamente compartilhados entre os colaboradores, os foco da gestão neste tipo de organização é a solução de problemas para atingir os resultados esperados.
Para possuir um bom ambiente de trabalho, deve-se predominar o verdadeiro espírito em equipe. Os conflitos devem ser solucionados de forma direta, franca e aberta. Corporações que zelam pelos seus colaboradores, propiciam o progresso profissional e pessoal por meio de lideranças flexíveis e motivadoras.
Quando os funcionários trabalham motivados e sentem-se parte do conjunto, acabam por dar o melhor de si para o crescimento organizacional. Desta forma, os riscos passam a ser aceitos como condição para a mudança e desenvolvimento.
Propiciar uma estrutura empresarial saudável com procedimentos e políticas flexíveis amplia a percepção da realidade, melhorando o clima organizacional deixando-o mais propenso à criatividade e inovação em função da alta integração humana.
________________________
*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D´Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br