Aviação

Acordo com controladores de vôo deve ser cumprido até a

O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, afirmou que o acordo com controladores de vôo deve ser cumprido até amanhã (3) como estava previsto. “As decisões terão que estar em prática.

Uma medida provisória, alguma coisa, terá que ser apresentada amanhã”. Segundo ele, como o acordo foi assinado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, terá que ser cumprido. “As coisas que se assinam são para ser cumpridas”.

O presidente da Infraero disse ainda que no final de semana o Ministério da Defesa e a Casa Civil se reuniram para discutir o novo modelo de controle aéreo civil. Pereira viaja hoje a São Paulo para participar de uma audiência pública sobre o Aeroporto de Congonhas, mas afirmou que volta à noite para continuar as discussões com o governo sobre a decisão que será anunciada amanhã. Questionado sobre a possibilidade de a Infraero assumir o controle aéreo, ele afirmou que ainda não foi consultado pelo governo sobre o assunto.

“O modelo ainda está em discussão. Acredito que a medida provisória, o que o governo determinar, já trará especificamente como será essa modelagem”. Ele afirmou que seria “complicado” para a Infraero assumir o controle aéreo. “ A missão da Infraero é administrar aeroportos, administrar tráfego aéreo é uma coisa muito mais séria. Para se ter uma idéia, a Infraero tem 9 mil funcionários e o Decea, que cuida do espaço aéreo, tem 17 mil. Isso já mostra o grande tamanho do problema e do que precisa ser feito”.

O presidente da Infraero espera que até a noite o movimento nos aeroportos esteja normalizado. Na última sexta-feira (30), os controladores de vôo e o governo federal firmaram um acordo que prevê a desmilitarização imediata da categoria; o pagamento de uma gratificação; a criação de um plano de carreira para os funcionários do tráfego aéreo, além do cancelamento de 20 transferências que ainda seriam realizadas.

O acordo foi fechado em reunião dos profissionais com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, e o diretor do diretor do departamento de Controle do Espaço Aéreo da Infraero, brigadeiro Jamon Cardoso. A reunião teve início pouco depois que os controladores de vôo pararam de trabalhar ao receber ameaça de voz de prisão do comando da Aeronáutica, por volta das 18horas de sexta-feira. Os controladores paralisaram as atividades no Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek, em Brasília e a ação teve efeito dominó que culminou no fechamento de todos os aeroportos.

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