A qualidade é algo desejável em todos os processos pessoais e empresariais
André Prado*
“A qualidade está entre os requisitos mais desejados pelos clientes” / Foto: milanvirijevic by Getty Images
A qualidade deve estar em todas as coisas, desde a qualidade de vida aos produtos ou serviços desenvolvidos por uma empresa. Muitos a definem nas organizações de uma forma simplista, crendo que a qualidade é apenas produzir produtos ou serviços que atinjam a satisfação dos clientes.
Entretanto, tal definição é muito subjetiva. Na verdade pode-se haver uma certa complexidade para a obtenção da qualidade em nível de excelência. Para se obter a qualidade no meio corporativo uma série de técnicas devem ser empregadas.
As ferramentas da qualidade contribuem de forma significativa para produzir as melhorias. Denominações estranhas podem surgir principalmente aos leigos no que se refere ao assunto, tais como: Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Pareto, Fluxograma, Folhas de Verificação, Histograma, Diagrama de Dispersão e Controle Estatístico do Processo.
As terminologias esdrúxulas não acabam por aí e uma série de programas, sistemas ou meios de gestão da qualidade podem ser aplicados, como: International Organization for Standardization (ISO), Kanban, Just in Time, Six Sigma, 5S (ampliado para 10S), Poka-Yoque, Kaizen, Total Productive Maintenance, Total Quality Control, Lean Manufacturing, entre outras.
Para se tornar um bom profissional na área de qualidade em uma corporação, o colaborador terá de estudar muito. Inclusive poderá receber o certificado “Belt”, ou seja, tornar-se um especialista com sólidos conhecimentos aplicáveis na prática após a realização de um curso e obtenção da referida certificação. Profissionais Yellow, Green e Black Belts são muito disputados no mercado de trabalho.
Muitos consumidores finais sequer ouviram falar destes termos, mas para se preocupar com isto é que existem os profissionais da área. A qualidade está entre os requisitos mais desejados pelos clientes acompanhados de fatores relevantes como preço acessível, rapidez na entrega, inovação e outros.
Para não afetar a qualidade em algumas ocasiões é necessário reduzir a quantidade do que se produz. Porém, é importante tentar ser qualitativo e quantitativo ao mesmo tempo, ou seja, produzir a maior quantidade dentro da capacidade instalada mantendo a maior qualidade possível considerando a demanda de consumo. Entretanto, se porventura tiver de optar entre a qualidade e a quantidade, a primeira é primordial.
Em suma a qualidade é algo desejável em tudo, seja nas pessoas, nos profissionais, na elaboração de produtos ou serviços, nos relacionamentos com clientes e fornecedores, enfim, em todos os processos pessoais e empresariais.
A produtividade com qualidade
Para produzir em quantidade mantendo a qualidade, uma organização necessita de colaboradores mais produtivos. Para isto é necessário observar por uma ótica mais detalhada os recursos humanos que trazem mais resultados, independente se a organização possui dezenas, centenas ou milhares de colaboradores.
Cabe ressaltar que ter excelentes cumpridores de horários improdutivos não é o desejo das corporações. Sabe-se que existem nas empresas indivíduos com tempo de sobra usando o horário de trabalho para fazer politicagem enquanto acreditam piamente que estão administrando a carreira esperando o tempo passar. De modo não revelado o que interessa a estes é apenas receber o salário no final do mês e isto somente conduz as organizações ao caos.
As grandes empresas de tecnologia do mundo geralmente são lucrativas e inovadoras, sendo disputadas por vários profissionais que buscam uma oportunidade de trabalho. É sempre bom frisar que boa parte destas empresas não cultiva a cultura do presenteísmo que, diga-se de passagem, vem se extinguindo em muitas organizações. Em outras palavras estão mais interessada na produtividade de seus colaboradores.
É sempre bom lembrar que em algumas situações o cumprimento do horário é necessário, mais é importante conceder flexibilidade e condições para que os funcionários atinjam as metas e objetivos.
Algumas empresas criam ambientes para que seus colaboradores se sintam da melhor forma possível, pois descobriram que desta maneira produzem mais, ficam mais satisfeitos e isto repercute positivamente na vida organizacional e atinge a satisfação dos clientes finais.
Uma corporação necessita de profissionais capacitados a atingir bons resultados, capazes de quebrar o conceito de serem eternos teóricos para tornarem-se executivos de boas ideias. De teóricos o mundo está cheio. A teoria é necessária e fundamental, mas se vier acompanhada da prática não surte efeito algum. Excelentes ideias sem execução são as primeiras a morrer no turbulento ambiente empresarial.
Em suma vários fatores podem conduzir um bom profissional a desenvolver uma ótima produtividade. Entre elas realizar uma boa gestão do tempo envolvendo-se no que for prioritário, desenvolvendo soluções duradouras e principalmente evitando ladrões que roubam a produtividade, como, por exemplo, o uso de celulares para finalidades não profissionais no decorrer do expediente além de tornar-se um executor de ideias ao invés de um mero teórico conforme já foi enfatizado.
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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D’Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br
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