O secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, embarca hoje para Bruxelas (Bélgica) juntamente com o presidente do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC), pastor Carlos Möller, para se encontrar, no dia 2 de novembro, com os bispos de Namur e Brugges, com o encarregado do ecumenismo na Bélgica, Abade Thaddee e com o representante da Igreja Reformada, Lê Guy, para assinatura da Declaração Ecumênica da Água como direito humano e bem público.
Esta Declaração já foi assinada em abril de 2005, numa reunião em Fribourg (Suíça), pelo CONIC, pela CNBB, pela Confederação Suíça de Igrejas Evangélicas (SEK) e pela Comissão Nacional Justiça e Paz da Conferência dos Bispos da Suíça (SBK). Ainda em Bruxelas, os religiosos cumprem extensa pauta de reuniões até o dia 5 de novembro tratando dessa questão.
Já em Genebra (Suíça), no dia 6 de novembro, dom Dimas e pastor Möller se reúnem com o secretário geral da Conferência Episcopal Européia, Mons. Tomasi e com o embaixador do Vaticano junto à ONU em Genebra, além de outras autoridades. Ouvirão, ainda, a proposta de cientistas suíços sobre a implantação, no Brasil, de uma Academia Internacional das Águas.
A Declaração
Na Declaração Ecumênica sobre as águas, as Igrejas reconhecem “que a água é um bem fundamental para a vida humana; que o acesso à água é um direito humano; que a água tem um significado espiritual e que a água tornou-se escassa para muitas pessoas”.
No documento, os religiosos fazem quatro exigências: “que a água seja reconhecida como um direito humano como parte integrante do direito à alimentação adequada; que a água seja considerada e tratada como bem público; que sejam definidas prioridades legais para o uso da água e que o direito humano à água tenha um marco legal através de uma Convenção Internacional da Água”.
Por outro lado, os signatários da Declaração sobre a água se comprometem a convidar suas respectivas Igrejas a apoiarem a Declaração; a motivar a opinião pública e outras organizações a assumirem a Declaração e a exigir que os governos de seus respectivos países se comprometam a assumir o direito humano à água e a declará-la como bem público.