Missão no Rio de Janeiro busca levar conforto àqueles que perderam entes queridos, seja no velório, cemitérios ou até mesmo em casa
Monique Coutinho
Da redação
“A oração pelos mortos é necessária e está fundamentada na Sagrada Escritura”, afirma o pároco da Catedral Metropolitana São João Batista, da arquidiocese de Niterói, padre Wallace Dahan dos Santos, referente ao Dia de Finados, celebrado pela Igreja Católica nesta quarta-feira, 2.
Esta data tem como objetivo rezar por todas as almas, sejam elas conhecidas ou desconhecidas, religiosas ou leigas. Segundo o sacerdote, boa parte dessas almas está no Purgatório, ou seja, passa por um processo de purificação.
“Por essa razão, a alma necessita de orações dos vivos para que intercedam a Deus pelo sofrimento que as aflige”, diz padre Wallace, observando que esta data faz relação com o dia 1º de novembro, considerado o Dia de Todos os Santos. “Então faz com que também seja prestada uma homenagem a aqueles que morreram em estado de graça, mas não receberam a canonização”.
A Igreja
Uma das formas mais tradicionais dos católicos celebrarem essa data é a participação na Santa Missa em memória de entes queridos, além da visita aos túmulos.
“Não existe nada de errado em, movidos pela saudade dos parentes ou pessoas conhecidas falecidas, visitar os cemitérios e até mesmo enfeitar os túmulos de pessoas saudosas e caras para nós”, afirma o sacerdote.
Pastoral da Esperança
Além dessa forma tradicional, existem também iniciativas que auxiliam no conforto daqueles que perderam pessoas queridas. Um exemplo é a Pastoral da Esperança, presente na Arquidiocese de Niterói (RJ), e que desde 2013 realiza ações em velórios, cemitérios e junto às famílias enlutadas.
“As equipes da Pastoral da Esperança têm realizado seu trabalho, reconfortando os que choram, acompanhando a família enlutada e, sobretudo, acendendo em todos a chama da fé em Cristo Ressuscitado, garantia de nossa ressurreição”, diz padre Wallace.
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A Pastoral da Esperança é composta por diáconos permanentes, agentes pastorais e por homens e mulheres que se doam ao trabalho da Igreja. Para fazer parte, é preciso de indicação do pároco e, após encontro de formação, essas pessoas são investidas como ministros extraordinários da esperança e passam a ser mensageiros da fé, paz e esperança para os enlutados. “O mandato é de três anos podendo ser renovado por mais três.”
O subsídio da Pastoral da Esperança é “Nossa Páscoa”, da CNBB, e o trabalho da missão é desenvolvido de duas formas: primeiramente nas celebrações de exéquias nos cemitérios, e depois, se for de interesse da família enlutada, realizar na casa do falecido a celebração da Esperança. “Além dessas atividades, a pastoral promove encontros vicariais e arquidiocesanos a para espiritualidade e formação dos agentes”, conclui padre Wallace.
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