Em Roma

Bento XVI encontra-se com mais de 4 mil membros da Ordem de Malta

O Papa Bento XVI vai encontrar-se, neste sábado, 8, em Roma, com cerca de 4 mil membros e voluntários da Ordem de Malta, que celebra 900 anos de existência sob a proteção e o reconhecimento da Santa Sé.

As celebrações se iniciarão com uma eucaristia presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcício Bertone, seguida de uma saudação do Papa na Basílica de São Pedro.

A iniciativa, que contará com a presença de meia centena de membros e voluntários da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses, recorda a proclamação da Bula “Piae postulatio voluntatis”, pelo Papa Pascoal II a 15 de fevereiro de 1113, através da qual a Ordem de Malta foi oficialmente instituída e retirada do contexto das outras ordens militares monásticas da época.

Com atividades que contemplam a prestação de cuidados médicos, sociais e humanitários em cerca de uma centena de países de todo o mundo, a mais antiga Ordem Soberana Militar de Cavaleiros ligada à Igreja Católica é atualmente constituída por perto de 13.500 mil membros, 80.000 mil voluntários e 25.000 mil médicos, enfermeiros e paramédicos.

Estruturada como um Estado, mas sem território, ela conta com direito internacional e sistema jurídico próprios, optando por uma relação neutral, apolítica e imparcial com todas as nações, o que segundo Albrecht Boeselager, ministro da Saúde e Cooperação Internacional da Ordem, lhe garante “a entrada em áreas de crise onde praticamente ninguém tem acesso”.

Jean-Pierre Mazarey, atual chefe do Executivo da Ordem, destaca o princípio do “testemunho da fé e do serviço aos que sofrem”, que rege a missão dos seus membros em territórios como a Palestina, o Líbano ou a Síria, onde as populações estão a ser afetadas por situações de guerra e conflito social.

 

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