Nem a chuva que caia na tarde de domingo, 25, na cidade de São Paulo foi capaz de abafar os gritos de paz dos fiéis da Região Episcopal Brasilândia, na região noroeste da capital. Uma das regiões afetadas com a onda de violência que têm assolado o Estado.
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Cerca de 2 mil pessoas, vestidas com camisetas branca, caminharam por mais de duas horas da Paróquia São Francisco de Assis, Rua Manoel Nascimento Pinto, 591, Jardim Guarani, até a Paróquia Bom Pastor, Avenida Manoel Bolívar, 22, Jardim Carumbé.
Nas faixas trazidas pelas pessoas os desejos de que a paz volte a reinar na cidade, “toda paz é bendita. Toda guerra é maldita. Queremos Paz”; “a paz é fruto da justiça”; “felizes os que promovem a paz”.
A frente da caminhada, a réplica da Cruz da Jornada Mundial da Juventude abria caminho e anunciava como na música “Eu venho do Sul e do Norte do Oeste e do Leste, de todo o lugar. Estrada da vida eu percorro, levando socorro a quem precisar. Assunto de paz é meu forte, eu cruzo montanhas e vou aprender. O mundo não me satisfaz, o que eu quero é a paz o que eu quero é viver”.
Muitos jovens da Região Episcopal Brasilândia se fizeram presente na caminhada, trouxeram consigo sua alegria, sua dança e o desejo de que o assassinato dos outros jovens que aconteceram nas imediações do Jardim Carumbé não fique impune.
O bispo auxiliar da arquidiocese e vigário da Região Brasilândia, dom Milton Kenan Junior, mandou um recado as famílias e as comunidades que estão sofrendo por conta da violência, de acordo com ele a caminhada é para mostrar que “elas não estão sozinhas. Que nós estamos juntos delas. Que nós estamos nesta luta pela paz junto com as famílias. Junto com as comunidades mais sofridas da nossa região”.
Dom Milton mandou, ainda uma mensagem aqueles que dizem que o que está acontecendo na cidade está dentro da normalidade. “Aqueles que dizem que a cidade de São Paulo é grande de mais, e que 10 mortes por noite não significam nada. Nós queremos dizer para eles, que uma morte por noite que seja ofende a Deus”.