O antigo mordomo do Papa, Paolo Gabriele, e um técnico de informática da Secretaria de Estado da Santa Sé, Claudio Sciarpelletti, 48 anos, que teve o nome divulgado pela primeira vez, serão julgados por um tribunal do Vaticano por estarem alegadamente envolvidos na divulgação de documentos reservados da Santa Sé.
Os resultados da fase de instrução, incluindo a decisão do juiz e o requerimento do procurador, ambos do Vaticano, foram anunciados nesta segunda-feira, 13, pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Paolo Gabriele vai ser julgado por roubo agravado de documentos provenientes do apartamento papal, enquanto Claudio Sciarpelletti acusado de interceptar os documentos.
O mordomo, detido no dia 23 de maio, declarou que desviou e fotocopiou documentos pertencentes à Santa Sé e os enviou ao jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, na convicção de estar a prestar um serviço ao Papa.
O colaborador, que nesse domingo completa 46 anos, disse ainda que agiu sozinho e que não recebeu dinheiro em troca dos documentos encontrados na sua residência.
No mês de janeiro e fevereiro, o Vaticano foi vítima de vazamento de alguns documentos cuja origem ainda é desconhecida. Entre as vítimas, bispos e cardeais ligados à Cúria Romana. O episódio gerou desconforto entre as autoridades da Santa Sé, já que o principal alvo foi a Secretaria de Estado Vaticana.
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