O Beato João Paulo II foi uma testemunha absoluta do que significa viver com fé firme o sofrimento físico, por amor a Deus, à Igreja e ao mundo.
É o que disse o Papa Bento XVI ao receber em audiência os cerca de 500 participantes da 26ª Conferência Internacional organizada pelo Pontifício Conselho da Pastoral da Saúde, manhã de sábado, 26. A Conferência é inspirada no magistério do Papa Wojtyla.
A "força da fraqueza" foi o que testemunhou João Paulo II nos últimos anos da sua vida, quando o lento consumar-se do seu físico fez aflorar gradualmente a fibra poderosa do seu espírito. "É esse Evangelho da Vida a última e preciosa herança deixada por João Paulo II", disse Bento XVI.
À sabedoria desse ensinamento o Pontifício Conselho decidiu dedicar este ano a própria Conferencia Internacional, que reuniu pela primeira vez em Roma todos os bispos encarregados da Pastoral da Saúde.
O Papa abordou também o tema delicado da cura e da assistência dos doentes segundo a visão do Evangelho, que brota do sofrimento de Jesus no Calvário. "O rosto do Salvador que morre na cruz, do Filho consubstancial ao Pai que sofre como um homem por nós, ensina-nos a guardar e a promover a vida em todos os estágios e em qualquer situação que se encontre, reconhecendo a dignidade e o valor de cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus e chamado à vida eterna", ressaltou.
Essa visão da dor e do sofrimento iluminada pela morte e ressurreição de Cristo foi testemunhada pelo lento calvário que marcou os últimos anos de vida do Beato João Paulo II, afirmou Bento XVI.