O Papa Bento XVI inaugurou na manhã desta segunda-feira, 4, a Mostra "O esplendor da verdade, a beleza da caridade". A iniciativa é promovida pelo Pontifício Conselho para a Cultura e reúne obras de 60 artistas de fama internacional por ocasião do 60º aniversário de Ordenação sacerdotal do Papa, comemorado no último dia 29 de junho.
O Santo Padre pediu que os artistas façam resplandecer a verdade em cada uma de suas obras. "Fazei-o de modo que a sua beleza suscite no olhar e no coração de quem as admira o desejo de tornar bela e verdadeira a existência, cada existência, enriquecendo-a com aquele tesouro que é infalível, que faz da vida uma obra-prima e de cada homem um extraordinário artista: a caridade, o amor", afirmou.
A exposição no Vaticano fica aberta ao público de 5 de julho até 4 de setembro, com entrada franca, no átrio da Sala Paulo VI.
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"Gostaria de renovar a vós e a todos os artistas um amigável e apaixonado apelo: não separeis nunca a criatividade artística da verdade e da caridade, não procureis nunca a beleza distante da verdade e da caridade, mas com a riqueza da vossa genialidade, do vosso impulso criativo, sejais sempre, com coragem, buscadores da verdade e testemunhas da caridade", ressaltou.
A beleza autêntica, capaz de suscitar admiração, maravilha e alegria verdadeira no coração dos homens, brota da "união, da sinfonia, da perfeita harmonia de verdade e caridade. O mundo em que vivemos tem necessidade de que a verdade resplandeça e não seja ofuscada pela mentira ou pela banalidade; tem necessidade de que a caridade inflame e não seja oprimida pelo orgulho e egoísmo. Necessitamos que a beleza da verdade e da caridade atinja o íntimo do nosso coração e o torne mais humano", salientou o Pontífice.
Igreja, artistas e beleza
Bento XVI recordou que o encontro é uma espécie de nova etapa do percurso de amizade e diálogo iniciado em 21 de novembro de 2009, na Capela Sistina. "A Igreja e os artistas voltam a se encontrar, a conversar, a apoiar a necessidade de um colóquio que desejo e que deve tornar-se sempre mais intenso e articulado, também para oferecer à cultura, antes às culturas do nosso tempo um exemplo eloquente de diálogo fecundo e eficaz, orientado a tornar esse nosso mundo mais humano e mais belo", indicou.
Por fim, o Santo Padre pediu que o Espírito Santo, artífice de toda a beleza que há no mundo, ilumine sempre e guie os artistas rumo à Beleza última e definitiva, "aquela que aquece a nossa mente e o nosso coração e que esperamos poder contemplar um dia em todo o seu esplendor. Mais uma vez, obrigado pela vossa amizade, pela vossa presença e porque trazeis ao mundo um raio desta Beleza, que é Deus".
Mais informações na reportagem de Danusa Rego
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