Nos últimos meses, o ministro foi ameaçado de morte por ter pedido modificações na lei de blasfêmia e por pedir clemência no caso de Asia Bibi, uma senhora cristã que foi condenada à morte com base nessa lei.
O presidente Asif Ali Zardari e o primeiro-ministro Syed Gilani condenaram o atentado e comunicaram que fatos como este não farão com que o governo baixe a guarda na luta contra o terrorismo de grupos extremistas.
O Vaticano também condenou o assassinato do ministro através de uma declaração do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Leia o comunicado na íntegra
"O assassinato do ministro paquistanês para as minorias, Shahbaz Bhatti,é um novo fato de violência de terrível gravidade. Isso demonstra o quanto são corretas as intervenções insistentes do Papa a propósito da violência contra os cristãos e contra a liberdade religiosa em geral.
Bhatti era o primeiro católico a cumprir tal missão. Recordamos que foi recebido pelo Santo Padre no último mês de setembro e tinha dado testemunho do seu compromisso pela pacífica convivência entre as comunidades religiosas do seu País.
À oração pela vítima, à condenação pelo inqualificável ato de violência, à proximidade aos cristãos paquistaneses tão atingidos pelo ódio, une-se o apelo para que todos se deem conta da urgência dramática da defesa da liberdade religiosa e dos cristãos objeto de violência e perseguição".