Novo Cardeal

Dom Damasceno quer revigorar ardor missionário na América Latina

Uma atenção especial do Santo Padre para a América Latina e particularmente para o Brasil. É assim que o novo Cardeal brasileiro, Dom Raymundo Damasceno, define sua nomeação.

Na noite deste domingo, 28, o Arcebispo de Aparecida  celebrou sua primeira Missa como Cardeal, na Basílica Nacional em companhia dos bispos das dioceses de Lorena (SP), Dom Benedito Bení, da diocese de Taubaté (SP), o emérito Dom Antônio Afonso de Miranda, e o titular Dom Carmo Rhoden, da diocese de São José dos Campos (SP), Dom Moacir Silva, de Caraguatatuba (SP) Dom Antonio Carlos Altieri, de Campinas, Dom Bruno Gamberini (SP) , de Rubiataba-Mozarlândia (GO), o emérito Dom José Carlos de Oliveira, e também o Secretário Geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa.

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A nomeação de Dom Damasceno foi feita por Bento XVI, na última semana, durante o Consistório Ordinal para a criação de 24 novos cardeais.

Defesa dos valores cristãos no Brasil e na América Latina

No compromisso de defender os valores e a moral cristã, resgatando as raízes católicas da América Latina, o Cardeal salientou que nesta sua nova missão quer resguardar de modo particular a formação dos leigos, pois são eles os grandes construtores da sociedade. “Um leigo também é responsável pela missão evangelizadora da Igreja, dando testemunho com a própria vida em seus diferentes âmbitos de atuação”, elucidou Dom Raymundo, salientando ainda que com essa  atuação coerente dos leigos é possível construir uma sociedade cada vez melhor, com mais justiça, paz, solidariedade e amor.

Dom Damasceno enfatizou que e a identidade de uma nação deve ser construída sobre valores autênticos para que as necessidades humanas sejam supridas em plenitude. “Não basta um país se desenvolver materialmente, o homem é algo maior que sua dimensão material. O homem também tem sede do espiritual. É preciso nutri-lo com valores autênticos como o da fraternidade, da solidariedade e da família, pois essas são a base da sociedade”, enfatizou.

Nesta nova etapa de seu caminho eclesial, Dom Damasceno espera seguir com “alegria, felicidade em perfeita comunhão com o Santo Padre”.  Na defesa do Papa, da Igreja e da fé cristã, o Cardeal disse estar disposto a fazer tudo sem medo, até o ponto de dar a própria vida de for preciso.  “Uma das missões do Cardeal é defender a fé e os valores cristãos, como o respeito à vida. Para isso estamos dispostos a fazer tudo, custe o que custar. E se for preciso, Deus me dará a força e a graça para dar minha  própria vida”, salientou.

Sendo este suporte do Papa, o Cardeal quer revigorar o ardor missionário na América Latina, aumentar o número de sacerdotes, cuidando atentamente para uma formação qualificada. "A Igreja tem muitos desafios em todo mundo. Na América Latina, a Conferência de São Domingos apontou alguns grandes desafios: primeiramente, recuperar o ardor e o entusiasmo missionário para levar Jesus Cristo, sua Palavra, a todas as pessoas, especialmente os afastados”, destacou.

“Dom Raymundo é um bispo de grande experiência, já exerceu diversos cargos importantes em nível de Brasil e América Latina, de modo que é uma pessoa que reúne muita sabedoria. Por meio do cardinalato tudo isso estará colocado a serviço da Igreja”, sublinhou o bispo de Lorena, Dom Benedito Bení.

Novas funções cardinalícias

Ao ser nomeado Cardeal, o Papa Bento XVI, o designou para uma Igreja titular, a Igreja da Imaculada Conceição, em Roma, para estar assim unido estreitamente à Cidade Eterna. A posse na Igreja Imaculada Conceição deve acontecer em março de 2011, mas Dom Damasceno continua sendo Arcebispo de Aparecida.

Atualmente, Dom Damasceno é membro do Pontifício Conselho para as Comunicações e da Pontifícia Comissão para a América Latina, com a nomeação, o Cardeal acredita que será convidado a participar de outro organismo da cúria romana, colaborando diretamente com o Papa no governo da Igreja.

Fé e amor na missão

Na fé de que nada acontece por acaso, Dom Damasceno disse que sua nomeação foi um novo chamado de Deus, e aconselhou os fiéis a seguirem seu exemplo, abandonando-se a vontade de Deus, acreditando na providência divina.

“Agradeço a Deus por me permitir fazer essa experiência eclesial. Estou feliz por continuar sendo arcebispo de Aparecida, sabendo de sua importância no cenário nacional e seu grande potencial evangelizador, que especialmente hoje com o uso das mídias, alcança todo Brasil”, destacou.

O prefeito da cidade de Aparecida, Antônio Márcio de Siqueira, em seu pronunciamento ao final da Missa, disse que Dom Damasceno é um ícone de fé do povo brasileiro e que acredita que a nomeação para Cardeal é o reconhecimento de uma vida dedicada ao serviço da Igreja.

“Grande ser humano, grande irmão, grande pastor. Por isso acredito que ele é uma pessoa predestinada por Deus para exercer essa função”, declarou com emoção o irmão de Dom Raymundo, Marcelino Damasceno.

Representando todo o clero de Aparecida, padre Paulo Tadeu, reconheceu o amor do clero para com seu novo cardeal, confiantes no seu serviço. “Nos vemos como filhos que querem seguir os passos do pai”, disse salientando seu exemplo de fé.

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