O livro-entrevista que reúne as conversas de Bento XVI com o jornalista e escritor alemão Peter Seewald foi apresentado oficialmente durante uma coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé nesta terça-feira, 23.
A apresentação de Luce del mondo. Il Papa, la Chiesa e i segni dei tempi (Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos, em livre tradução) contou com a presença de Seewald, dos Editores do volume em diversas línguas, do presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, do diretor da Libreria Editrice Vaticana, padre Giuseppe Costa, S.D.B., e do jornalista Luigi Accattoli, mais antigo dos vaticanistas italianos.
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Nos 18 capítulos que compõe o volume, agrupados em três partes – "Os sinais dos tempos", "O pontificado", "Para onde caminhamos" -, o Papa responde às questões-chave do mundo de hoje. As conversas com o jornalista foram em língua alemã e aconteceram na semana de 26 a 31 de julho, durante o período de descanso do Pontífice em Castel Gandolfo.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, confidenciou aos jornalistas que conversou com o Papa na tarde desta segunda-feira, 22, e perguntou-lhe porque aceitou a proposta do livro-entrevista.
"Porque pensou que falar às pessoas de hoje, em uma linguagem também simples, coloquial, sobre tantas questões que se apresentam, seria um bom serviço que ele poderia dar. Nasce de uma intenção pastoral, de uma intenção de comunicação simples, de disponibilidade para responder às questões do mundo, das pessoas de hoje", foi a resposta de Bento XVI, nas palavras de Lombardi.
De acordo com Dom Fisichella, ao contrário do que espera em uma entrevista, o Papa não quis ocupar o papel central. "O protagonista destas páginas é a Igreja. As muitas perguntas que compõem a conversa não fazem nada mais senão evidenciar a natureza da Igreja, a sua presença na história, o serviço que o Papa é chamado a desempenhar e, algo não secundário, a missão que ainda hoje deve continuar para ser fiel ao seu Senhor".
O presidente do recém-criado Pontíficio Conselho para a Nova Evangelização também recorda que o livro não é um volume escrito por Bento XVI, mas reúne seu pensamento, suas preocupações e sofrimentos durante estes anos, seu programa pastoral e expectativas para o futuro.
"Estamos diante de um Papa que não foge de nenhuma pergunta, que tudo deseja esclarecer com uma linguagem simples, mas nem por isso menos profunda, e que aceita com benevolência aqueles provocações contidas em tantas perguntas", complementa.
Já o vaticanista Luigi Accattoli sugeriu que seus colegas jornalistas lessem o volume "como uma visita guiada ao laboratório papal de Bento XVI e ao mundo vital de Joseph Ratzinger. […]Um Pontificato rico de inovações em Deus e de questões aos homens. A leitura da entrevista auxilia a compreender – e, se possível, amar – o mundo de Joseph Ratzinger, o seu singular destino humano e o seu serviço à Igreja", destaca.
O jornalista Peter Seewald assegura que o Santo Padre não fugiu a nenhuma das 90 perguntas, nem "modificou as palavras pronunciadas", propondo apenas "pequenas correcções" na transcrição final.
Para o autor, o resultado é um diálogo franco e direto sobre os mais variados temas, desde as questões fundamentais para a Igreja e a sociedade em geral até os filmes preferidos e Santos de devoção do Pontífice.
As duas anteriores entrevistas que Ratzinger havia dado a Seewald tornarem-se os best-sellers "Deus e o mundo" (2001) e "O Sal da Terra" (1997).
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